O casamento e as relações afetivas, ainda hoje, são um dos maiores desafios que nós, seres humanos enfrentamos. Uns acreditam nessa "instituição", outros "deixam a vida levar". Assim, vamos nos deparando com os insucessos muito mais do que com os sucessos afetivos alheios. Tal postura se caracteriza como um erro devido ao fato de termos um olhar crítico e negativista para as coisas mais sublimes que temos: o viver a dois!
Trabalho com casais há 10 anos, em meu consultório. Já vi casamentos serem destruídos... Mas, também já tive o prazer de ver relações serem reconstruídas e refeitas com uma nova roupagem, uma nova direção e uma nova esperança para uma nova forma de caminhar a dois. Costumo dizer que trabalho "vendendo esperança". É, portanto, maravilhoso trabalhar com tal sentimento! É algo mágico, podermos restaurar em cada pessoa que nos procura, com um grito de socorro, o sentimento mais urgente naquele momento: a ESPERANÇA.
As relações afetivas costumam falir quando projetamos no outro nosso ideal de felicidade. Assim, devemos ter uma compreensão de que o sucesso ou o insucesso do casamento está em trabalharmos mentalmente em: ACEITAR O IMPONDERÁVEL.
Um dos fatores que têm se mostrado muito eficaz em casamentos com um bom prognóstico, é a prática do autoconhecimento e saber identificar os limites. Ou seja, a experiência de morar sozinho durante um tempo ajuda no autoconhecimento , a saber lidar melhor com a sensação de desamparo e a aprender a gerenciar a própria vida, facilitando assim, uma vida conjugal posterior.
Um grande AMIGO e PROFESSOR, a quem costumo chamá-lo de "guru espírito-profissional" - Dr. Eduardo Ferreira-Santos, já mencionava: "...Karina ... em um casal, existem três entidades: o EU, o TU e o NÓS! O grande problema das relações é querer abolir algumas dessas entidades."
Para estarmos casados, espera-se que, o outro tenha qualidades que amamos e admiramos. Ao mesmo tempo, porém, ele ou ela apresenta maneiras e manias de ser que chegamos a detestar. É nessa dualidade de sentimentos que esperamos que o outro aja como pensamos. É, então, nessa expectativa que nos frustramos. Criando uma expeculação sobre algo que o outro jamais irá lhe dá.
Bem...Vou finalizando por aqui... Um post em homenagem aos casais que venho atendendo, ajudando, evoluindo juntos com eles!
Obrigada a cada um de vocês!
Por: Karina Simões
Data: quinta-feira, 19 de maio de 2011