Sou sempre muito mal interpretada entre amigas e rodas de colegas quando falo sobre relacionamentos afetivos. E muito mais alvo de críticas quando me refiro a casamentos e regras internas de cada um. Pois, creio muito na instituição casamento, creio no relacionamento a dois, e o meu casamento existindo hoje ou não, um dia, eu continuarei a crer no casamento.
O que devemos tentar mudar nessa instituição para que ela venha a dar certo, são as regras do funcionamento dessa relação. E não existe uma receita pronta. O que existe são experiências vividas e a partir daí faremos nossas próprias regras internas. O difícil é sabermos abrir mão de nossas antigas crenças, muitas vezes irracionais sobre o viver e conviver a dois.
Outro dia, escrevi sobre casamento e me referi a ele como uma empresa, lembram? Pois então, é isso. E quando uma empresa decreta a falência ela está fadada a nunca mais funcionar? Não mesmo! Vem outro sócio(a) ou até mesmo o mesmo e reergue a empresa, porém, mudando o quadro funcional, as regras, modificando paredes e estruturas. Nos relacionamentos afetivos também funciona assim.
Porque não casar várias vezes com a mesma pessoa? Porque não casar novamente com outra pessoa? Ou porque não mudar as regras, repensar, distanciar-se e novamente enamorar-se.... Porque não com a mesma pessoa durante anos, com intervalos ou não? O problema é que não temos a educação social para isso, achamos que o distanciar-se da pessoa amada é a própria morte, a instabilidade das relações nos deixa também frágeis nas outras áreas de nossas vidas. Devemos aprender a viver na instabilidade emocional também. Pois, a estabilidade afetiva é a morte da própria relação! Nada é estável.
O bom é construir um sentimento a dois ao longo da relação. O tempo é mero detalhe. Com a mesma pessoa ou com novas pessoas, o importante é acreditar no amor e no amar!!!
Por: Karina Simões
Data: segunda-feira, 13 de dezembro de 2010