A difícil arte de ser mulher

 

Ser, sentir e viver a mulher que há dentro de nós é um papel difícil, diário e engrandecedor.Mas confesso, ser mulher é uma arte para poucas. Mais ainda, ser mulher numa sociedade machista, cheia de julgamentos e estereótipos infundados, com preconceitos e crenças disfuncionais sobre os novos papéis que assumimos em ser mulher.

Vocês sabiam que o corpo da mulher é projetado para a resistência? E que o nosso corpo é quase duas vezes mais resistente do que o de um homem. Talvez isso explique o porquê da nossa capacidade de suportar a dor de um parto. Algo sublime e que transcende uma explicação do feminino, o processo da gestação e o desempenho em ser mãe.

Ser mãe é também ser mulher. Para mim, ser mãe, talvez, foi a experiência mais profunda e intensa, e continua sendo, de ser uma mulher melhor a cada dia.

Ser mulher e viver esse papel é saber ter habilidades sociais mais apuradas. É conviver com harmonia e instabilidades ao mesmo tempo, na presença e na ausência. É saber ver o colorido num meio de um céu cinza de São Paulo, por exemplo. É achar sentido na vida apenas ao acordar.

Ser mulher é ter a capacidade de se reinventar rapidamente; é desmontar um quebra-cabeça emocional e montá-lo em seguida sem sequelas, muitas vezes. É perdoar sem dor, é dor com perdão. É ser intensa e superficial, se for preciso. É ser sensível e racional quando necessário. É dualidade ponderada. Ser mulher é ter instinto e é ter sexto sentido.

Viver a mulher que existe dentro de nós, volto a dizer, é para poucas. Pois, faltam coragem e ousadia em algumas mulheres. Faltam força e disciplina em acreditar em seus sonhos. Muitas vezes, essas "faltas" as quais me refiro, são retroalimentadas por uma "relação afetiva parasita", ou seja, uma relação dependente, que aprisiona e abafa sua imunidade emocional, deixando-a sem sonhos e sem vida. Relações estas que se suporta mal o estar só, por acreditar que se sentem incompletas, assim, necessita preencher essa lacuna afetiva com outro alguém: a eterna busca da cara metade.
Liberte-se, sonhe, aja, crie, inove, viva com plenitude e com amor.

Ser mulher é aprender a amar incondicionalmente, é viver intensamente, é sorrir plenamente.

Ser mulher é saber o quanto vale a pena assumirmos o papel que decididamente conquistamos!

Feliz dia Internacional (da difícil arte de ser ) Mulher.

 

Autoria: Karina Simões

(Artigo publicado no Jornal Correio da Paraíba - Edição data: 08/03/2012.)

Data: quinta-feira, 8 de março de 2012

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