Voltando para casa (Voo de São Paulo / SP a João Pessoa / PB)
- Já perceberam as instruções da aeromoça durante um voo?! Somos orientados a colocar primeiro nossas máscaras de oxigênio para depois ajudar aos outros a colocarem também, caso necessário. Pois, só assim teríamos condições de ajudar. É exatamente isso que se aplica ao AMOR. Primeiro cuidemos de nós, pois se somos metades ou se somos um "quebra cabeça desmontado" não podemos construir uma bela figura. Quando inteiros... Podemos cuidar do outro, e permitir que o outro cuide de nós. Há uma troca!
Existem alguns monstros emocionais que tendem a ameaçar os relacionamentos entre os casais. Alguns deles podemos citar:
1. A sensação fixa de que se necessita viver apaixonado;
2. A competição gerada com o parceiro (a);
3. A falta de sonhos, metas e projetos em comuns;
4. Problemas de relacionamento com a família do cônjuge;
5. A incompatibilidade de valores, crenças e gostos;
6. A rotina tornar-se um problema.
O que fazer numa hora dessas? Trocar de parceiro (a)?
Se você continua com as mesmas crenças e pensamentos disfuncionais sobre o relacionamento a dois, nada mudará. Mesmo trocando de parceiro (a)... Tudo tornará a acontecer. E você ficará preso num ciclo cansativo e enfadonho. O diferencial das relações longas e saudáveis é a flexibilidade em quebrar paradigmas antigos sobre o relacionar-se e reinventar a vida a dois.
O mito de que duas pessoas são metades, almas gêmeas e que se completam... Acaba tornando inevitável não mais saber onde se termina o "eu" e onde começa o "nós" em uma vivência amorosa. Descobrir o “time” certo do limite do outro e do seu limite próprio é fundamental. Respeitando um espaço individual – casal, que há, não podemos negar, mas que se perdem ao nos tornarmos dois.
Trato de casais e relacionamentos há mais de 10 anos, e sempre costumo falar das relações em consultório, palestras, aulas ou em programa de Tv - rádio, traçando uma analogia do casamento com uma empresa. Ou seja, o casamento é uma grande multinacional. Uma grande empresa que, às vezes, decreta falência. Nesse caso, muitas empresas fecham as portas. Ou acontece de serem vendidas e os funcionários remanejados, muda-se tudo internamente. O quadro funcional, regras internas, funções, modelagem, roupagem etc. E ela volta a funcionar a todo vapor, às vezes, melhor que nunca! Casamento pode ser assim também. Melhor que antes! Remodela-se. Reconstrói-se. Reestrutura-se.
No entanto, um cuidado e um feedback fundamental: Não deixe de ser quem você é. Reconstruímos um alicerce, e não renunciamos a um cargo próprio de sermos quem nós somos na essência. Já disse certa vez em outro post que não considero que exista uma medida certa ou exata para o amor, muito menos que a medida do amor seja o quanto estou disposto a me sacrificar por alguém, e sim o quanto estou disposto a desenvolver minha autonomia.
Lembre-se dos pilares de uma relação saudável: amor, admiração e confiança. Pode-se perder um deles, mas vocês apenas SOBREVIVERÃO e NÃO VIVERÃO plenamente.
Por: Karina Simões
Data: domingo, 4 de dezembro de 2011