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Segredos de uma mulher

"E quantos segredos traz o coração de uma mulher..." Nos versos do poeta e cantor paraibano Zé Ramalho, há uma verdade jamais revelada.
O coração de uma mulher é mesmo indecifrável, e no seu mistério está a beleza que instiga e provoca os desejos de conhecê-la. Na verdade, nem mesmo a mulher sabe quem ela é. O grande psicanalista S. Freud, na tentativa de tudo explicar, também se rendeu à impossibilidade de anunciar os mistérios femininos: "afinal, o que querem as mulheres?".
Eu fico com a compreensão de que o desejo da mulher é ser mesmo enigma para os outros e, muitas vezes, para ela mesma. Não quero fazer o caminho daqueles que se acham sábios e que pensam ter desvendado o universo feminino. Porque esquecem que em cada alma feminina há o poder de se reinventar e renascer a cada instante. Ser diferente e ser resiliente em sonhos, propósitos, gostos e amores pela vida. Mais que isso, a mulher tem a capacidade de tornar novo o que parecia obsoleto por meio de um novo olhar, de uma palavra, de um toque ou de um gesto.
Neste dia, em que se pretende dar um olhar de relevo para as virtudes da mulher, um fato não se pode esquecer: há anos cientistas, filósofos e poetas pretendem a cada instante dizer quem são as mulheres. Digo, sem medo de errar, que nunca chegarão a responder ou a atender às suas pretensões, porque só as têm os que sabem amar. Isto é, querem entender uma mulher? Ame-a. Sinta-a. Porque somente quem ama sabe entendê-la.
Talvez por isso, por mais que se pretenda num dia ressaltar a beleza e a importância da mulher, não cabe em nenhum espaço de tempo a possibilidade de contemplar a alma feminina. As mulheres serão sempre, neste sentido, atemporais e misteriosas, deixando os cientistas, os poetas e os filósofos loucos sem as respostas que somente quem ama sabe entender... Mas não sabe dizer!
Feliz dia Internacional da Mulher!

No Instagram: @Karisimoes

 

Texto disponível também em minha coluna UOL/Mulher:  http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher.htm

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Redes sociais mudaram nossa forma de se relacionar

Não há como negar que a era digital trouxe profundas modificações no comportamento humano.

Grandes estudiosos, como o psicólogo Dr. Cristiano Nabuco (USP), têm se dedicado ao tema, e tornado compreensível que depois dos sites de relacionamentos e redes sociais, deixamos de ser as mesmas pessoas.

Explico: os hábitos cotidianos passaram a ser diferentes. Passamos a ter novas posturas no trato com os "amigos virtuais" e até vivenciar personalidades diferentes daquela apresentada no mundo real.

Essas novas personalidades ou comportamentos podem se manifestar do seguinte modo: quem se apresenta expansivo pode vir a se apresentar recatado, quem é tímido e introvertido se apresenta muitas vezes extrovertido e expansivo.

Vários transtornos, como por exemplo, fobia Social, transtorno depressivo, transtorno de ansiedade, transtorno de controle do impulso... podem se sobressair dessa nova conduta. Estudos mostram e chegam a responsabilizar desfazimentos de relações conjugais e apresentam grandes estatísticas de relacionamentos amorosos que surgiram a partir do uso das ferramentas eletrônicas.

Como tudo, os benefícios e malefícios do uso dos sites de relacionamentos não podem ser categorizados como diabólicos ou fantásticos, já que tudo precisa ser analisado a partir das repercussões geradas na subjetividade humana. A internet tem de tudo, e assim tudo serve para o bem ou para o mal. O que nunca se pode descuidar é a possibilidade de se fazer um mal uso pela falta de conhecimento responsável sobre a consequência da utilização.

Por outras palavras, é preciso tornar consciente ao usuário que ele está manipulando um instrumento preciso e de efeito significativo nas áreas mais sublimes do homem, o afeto, o hábito; enfim o jeito de ser e de viver.

Para tanto, não basta apenas saber operar as ferramentas, mas saber operar-se, ou seja, olhar para si e responder à básica pergunta que norteia o caminho de cada pessoa: é isso mesmo que eu quero para mim?

As redes sociais devem ser manipuladas e nunca o contrário, manipular nossas condutas e sentimentos, para que a vontade consciente seja o que nos faz acessar o link para a felicidade... com responsabilidade!

 

Disponível também em minha coluna UOL/Mulher: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher_redes_sociais.htm

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Muitos me perguntam diariamente: qual é a receita do bom relacionamento?

Não há uma fórmula certa para que os relacionamentos funcionem e estejam sempre em alta, até porque o que pode funcionar para um casal, pode não funcionar para outro. Porém, alguns fatores são essenciais numa relação a dois: manter um ponto de encontro entre o casal, ou seja, é importante terem objetivos e sonhos em comum; o desejo deve ser "regado" e cuidado por ambas as partes, mantendo e ficando alerta sobre o zelo com a relação; e, abrir sempre o canal do diálogo para que não fiquem situações mal compreendidas e mal digeridas. Essas, com o tempo, minam o sentimento e a relação vai esfriando, deixando, muitas vezes, um abismo entre os dois.


Entre os erros e os problemas mais comuns nas relações, podemos citar: a falta de diálogo que impera como campeã; incompatibilidade de gostos, desejos e valores; pensamentos distintos na educação dos filhos; prioridades e metas diferentes; falta de sonhos em comum; falta de comprometimento com a relação; dificuldade financeira; descompasso no apetite sexual, entre outros.


Tenho visto na minha prática clínica um aumento significativo de casais em crise devido às redes sociais. Como tudo na vida, as redes sociais têm suas vantagens, mas também há desvantagens. E umas delas é o seu mau uso. Assim, as redes sociais fazem com que a possibilidade da traição aumente, pois os casais trazem para dentro de casa, no virtual, essa possibilidade real. Para que o casal se mantenha em redes sociais e também tenha um relacionamento saudável é necessário estabelecer, através do diálogo, algumas regras internas. Cada casal é responsável por criar essas regras. Porém, a confiança deve ser um ingrediente primordial e o pilar de sustentação. Se não houver confiança, nenhuma relação perdura.


Percebendo que a relação está entrando em crise ou esfriando, o melhor caminho é chamar para uma conversa aberta e sincera. O problema é que a maioria dos casais não se encontra pronta para o diálogo. E é nesse aspecto que eles se perdem. Conversar sobre os pontos que estão incomodando ambos, propicia uma um novo caminho a seguir. Os casais, primeiramente, necessitam aprender a conversar entre si. As famosas DRs são indispensáveis para uma longevidade conjugal. Na psicoterapia, e orientação de casais, que faço há quase 15 anos, ensinamos aos casais a manter um diálogo e a enfrentar as crises com mais respaldo emocional. Pois, no consultório, eles podem aprender a lidar melhor com os pensamentos disfuncionais e distorcidos que fazem com que eles se sintam mal compreendidos pelo cônjuge. Manter o respeito, a admiração e a cumplicidade é fundamental para o casal.


O que falar da traição? São várias as razões que levam um homem e uma mulher a trair. Podemos citar, como exemplo, o fato de relações que sobrevivem por conveniência, bem como a repetição de modelos de casamento que foram testemunhados na infância, e até mesmo realidades culturais, entre outros. Mas, esse é um tema que merece um texto à parte. Ressalto que o amor e a cumplicidade são a grande proteção para a fidelidade no casamento; já afirmava o poeta chileno Pablo Neruda:  "Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde, amo-te simplesmente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira."

Por: Karina Simões

Instagram: @Karisimoes

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Exponho de forma correta minha imagem e modo de pensar nas redes sociais?

Com o mundo virtual à nossa disposição onde tudo acontece numa velocidade enorme, o modismo leva, por vezes, a uma prática sem a observação de determinados cuidados importantes para que a exposição não gere prejuízos imediatos ou futuros à vida pessoal e até profissional do usuário dessas ferramentas.
Seria bom, antes de cada publicação ou postagem refletir se sua intenção ou objetivo ao postar determinada informação (inclui-se aí imagens) estará em sintonia com a percepção da maioria das pessoas que a acessará. Ou seja, consegui transmitir com clareza e precisão a minha informação?

É preciso ter em mente que uma imagem ou informação pode dar margem a várias interpretações e tudo isso é lido sob a influência de julgamentos de quem lê. Mas, é certo que haverá um juízo, perto do senso comum que traduzirá um conceito. Assim, a roupa usada, a bebida apresentada, o lugar exposto, a companhia, a frase publicada ... Tudo isso despertará sempre ideias sobre o que se pretende dizer.

É fato que a mulher possui atributos físicos e beleza para expor e pode até fazer dessas passarelas tecnológicas um espelho virtual gigante, mas aliado a isso, sempre a valorização de sua autoestima, inteligência e saber.

Deixo essas dicas para todos, mas em especial à mulher que represento nesta coluna.

No mais, é sorrir e ser feliz!

Por: Karina Simões

Instagram: @Karisimoes

 

Texto disponível também em minha coluna no site UOL/Mulher:

http://www2.uol.com.br/vyaestelar/me_exponho_de_forma_correta_nas_redes_sociais.htm

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Como a mente feminina reage ao fim de uma relação afetiva?

Separar-se e romper vínculos afetivos é sempre doloroso. Em meio à dor, ódio e culpa, fica difícil entender e aceitar que a contribuição para o término do relacionamento é dos dois e não apenas de um dos cônjuges.

O caminho utilizado por muitos é o de acusar, assumindo um papel de vítima, colocando o outro como vilão ou então se culpar.
A psicóloga Maria Tereza Maldonado em seu livro Casamento, término e reconstrução, explica que são raros os casais que conseguem se separar de maneira civilizada e sem sentimentos violentos.

Quando isso ocorre, uma orientação psicológica poderia auxiliar no sentido de se efetivar uma separação com menos dor e sequelas.

A mulher e a separação:

Num casamento em decadência, muitas não se sentem preparadas para separar e se veem reféns de um presente acomodado e sem sentimentos de completude. Essa falta de preparo é devido a novos caminhos que terá de trilhar pela frente. Entre eles:

- solidão;
- cuidados para não repetir padrões anteriores em novas relações;
-  encarar futuramente um recasamento. 

O processo de desvinculação do outro é lento e gradual. Isso requer paciência e persistência. A recuperação acontece quando a mulher se entrega ao processo de individuação, ou seja, volta a se encontrar consigo mesma, resgatando quem ela é de verdade e onde ela se perdeu na relação.
Agressividade na separação é o primeiro mecanismo de defesa.

O psicanalista austríaco Igor Caruso (1914-1981) em seu livro A separação dos amantes, diz que a agressividade é o primeiro mecanismo de defesa acionado diante da separação, quando se faz a acusação: “Como você foi capaz de me abandonar?”.

Podemos afirmar que a separação funciona como uma eclosão da morte psíquica na vida dos seres humanos (I. Caruso).  A agressividade faz com que surja uma desvalorização do objeto perdido, ou seja, o cônjuge. Assim, vive-se uma morte em vida. O outro morre para ambos, mas continua vivo para o mundo e para as relações.

Compreender a dor da separação e aceitá-la pode ser o caminho mais verdadeiro para que a mulher volte a se encontrar e tenha a oportunidade de se reinventar num próximo envolvimento a dois.

Por: Karina Simões @Karisimoes

Texto disponível também em minha coluna UOL/Mulher site: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher_fim_de_relacionamento.htm

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