Pode-se aprender a ser um bom pai?

 

Outro dia, li um artigo que falava como ter atitudes para ser um bom pai. Aquilo me chamou a  atenção, pois pensei: "Tem teoria para praticar ser um bom pai?!".  Achei curioso, e ai me veio a mente:  Porquê não?

E respondi ao meu questionamento, refletindo, que "ser pai" muitos podem ser, mas ser BOM PAI é para poucos.... E aí, o SER DIVINO é tão maravilhoso que pode sim capacitar os que se sentem incapacitados para tal função. O tal artigo falava em regras e atitudes ensinadas. E pensei:  Vou tentar transcrever a idéia para poder compartilhar com muitos. E assim... Uma semente do conhecimento poderá ser plantada e transferida a alguém ao ler! Essa é uma de minhas missões, transferir conhecimento.

Um dos maiores desafios enfrentados pelos pais, é aprender a respeitar e a reconhecer as necessidades das crianças, inserindo seu espaço na vida dos filhos. A cultura, o passar do tempo, os movimentos feministas e a conquista da mulher no mercado de trabalho, fizeram acontecer inúmeras mudanças no papel e função do pai e paternidade de hoje. Uma família mais exigente, um padrão com mais qualidade na educação dos filhos e presença de corpo e alma é exigida pelos filhos, como forma de uma prevenção de bom comportamento.

Muitos educadores concordam com a idéia de que ainda temos resquícios de uma educação que nos ensinou que a responsabilidade educacional dos filhos é muito mais da mãe. Porém, aos poucos estamos percebendo uma mudança nesse papel, com a presença cada vez mais ativa do PAI nas escolas. Não há regras pra ser uma mãe e um pai ideal, porém, existem algumas dicas que podem facilitar esse desempenho do pai:


1. Participe ativamente – e com frequência

Participar só quando recebe as notas da escola não vale. É preciso se aproximar do cotidiano da criança, dando limites junto com a mãe. Apoio e linguagem compartilhadas dos pais. O elogio e reforço positivo é de extrema importância e os pais colherão esses frutos no futuro. A proximidade, o afeto e a confiança se constrói aos poucos e é importante para a criança sentir que pode confiar no pai e que está sendo valorizada.

2. Não confunda atenção afetiva com atenção material

Por falta de presença, por não priorizar os filhos em detrimento ao trabalho, o pai se auto justifica com bens materias. É o erro mais comum cometido, e um dos mais difíceis de se reeducar. E ai, ouço isso no consultório: "- Mas não está faltando nada pra ele em casa?". Não está faltando nada mesmo? Carinho não pode ser trocado por presentes. Se envolver com os filhos não se resume a levar um presente ao final da jornada de trabalho ou final de semana com lanches e brindes.

3. Seja carinhoso

Muitos pais confundem masculinidade com falta de afeto e evitam beijar e abraçar a criança. É preciso haver uma interação física com a criança também durante as brincadeiras. Afeto se constrói e a criança precisa desse desenvolvimento afetivo saudável.

4. Não seja autoritário, mas tenha autoridade

Muitos homens confundem autoritarismo com masculinidade, ou autoritarismo com autoridade e se tornam pais que se impõe por meio do berro e da ameaça.  A ordem pela ordem simplesmente, não faz sentido pra a criança. A autoridade fica superficial, pois aquela ordem deve ser condicionada a algum aprendizado real e no momento certo de cada faixa etária do desenvolvimento da criança. Pois a ordem sem fundamento, impede que a criança expresse seus sentimentos e pensamentos, não se sentindo respeitada. É aí que se instala uma crença errada sobre RESPEITO na cabeçinha dela.

5. Não seja excessivamente permissivo

No oposto dos pais autoritários estão os pais permissivos. Embora afetuosos, eles não se dispõem a estabelecer limites para os filhos. E terminam sendo ausentes. É aquele pai sem voz ativa, passivo na relação e diz: "- resolva isso com a sua mãe" e nunca toma decisões.

6. Se posicione como pai

O erro mais recorrente dos pais é não tomar uma postura em relação à educação dos filhos. A ausência, a falta de posicionamento e de autoridade são uma carência muito forte. Pois, a criança vai crescendo sem espelho, sem referencial. E seu referencial de PAI é fundamental pra um futuro saudável e promissor do filho.

7. Exija seu espaço

A mãe muitas vezes, inconscientemente, impede ou atrapalha, a entrada do pai nessa relação com o filho. Seja não acreditando na capacidade do pai cuidar, ou em uma forma de super proteção. Isso não deve acontecer, e o pai percebendo deve chamá-la pra uma conversa e ocupar seu espaço na familia e na vida do filho.

8. Seja um bom cidadão

Todo o ambiente ao redor da criança influencia na formação dela e a figura do pai também conta, é claro. O amadurecimento emocional dos pais é fundamental e essencial para um crescimento saudável da criança. Existe uma frase bem utilizada entre a psicopedagogia, que diz assim: "para ser um bom pai é preciso procurar, antes, ser um bom ser humano".

 

Por: Karina Simões

 

Data: sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Seis vilões do casamento

 

1. Tarefas do dia a dia
Dividir o mesmo teto significa dividir também a pilha de louça para lavar. E as brigas envolvendo trabalhos domésticos são comuns. Se a trabalhosa compra do mês e os copos fora do lugar andam disparando discussões, é só dividir as tarefas de maneira justa. A recomendação é que cada um escolha as responsabilidades de acordo com suas habilidades e preferências, mesmo que tenham feito tudo diferente por vários anos. As mulheres tendem a centralizar mais tarefas e com o tempo começam a se ressentir e reclamar. A hora da faxina – ou mesmo a orientação de uma faxineira – deve servir como um exercício de companheirismo, e não virar um cabo de guerra.

2. As crianças
É consenso entre os especialistas que os filhos reduzem o tempo a sós do casal e a rotina sexual . Os primeiros anos são os mais difíceis. “É uma temporada sem "nós casal". Separar um momento diário para conversar e brincar com as crianças é uma tentativa para que elas interrompam menos os pais durante outras atividades. É normal que os pais discordem com o estilo do outro de educar. O caminho para evitar conflitos é realmente conversar e tentar um equilíbrio construtivo. Demonstrar a cumplicidade do casal aos filhos é fundamental.

3. Televisão, computador e vídeo game
Como é bom chegar em casa e simplesmente relaxar. Televisão, jogos eletrônicos e novelas não são inimigos do casamento, desde que não isolem um dos pares.  Com o tempo corrido de ambos, a distância entre os dois cresce e o tédio aumenta. Contudo, abrir totalmente mão de fazer o que gosta também não é o caminho. É uma equação complicada conciliar o território das coisas partilhadas com os interesses individuais, que precisam ser mantidos. Um bom antídoto é perguntar como foi o dia do outro e escutar, verdadeiramente,  esse já é um grande passo!

4. Descuido com o corpo
Compartilhar um pote de sorvete durante o filme, preparar aquela receita calórica ou bebericar todos os dias num happy hour caseiro; quem não gosta? Pesquisas revelam que o casamento faz bem para a saúde, mas engorda. Além disso, a natural sensação de segurança pode gerar certo relaxamento, que até pode ser bom, desde que não vire desleixo. O descuido, demonstra falta de interesse: homens e mulheres deixam de se cuidar porque acham que não são mais notados ou avaliados da mesma maneira pelo(a) parceiro(a). Assim, elogios podem estimular a autoestima e o desejo de caprichar mais no visual. O primeiro passo, no entanto, é cuidar da prórpia imagem.

5. Intimidade demais
Atenção para não confundir intimidade com falta de boas maneiras. Como os dois passam muito tempo juntos, é natural que não tenham vergonha um do outro. Isso é bom, mas com limites. Por exemplo, fechar a porta para fazer xixi é sinal de respeito e dignidade, e isso tem que ser mantido. A acomodação leva os casais a compartilharem demais: acham que se conhecem tanto que não há mais surpresas. A partir daí não demora muito para alguém espremer uma espinha ou até soltar gases na frente do outro. E assim aquele mistério, que tempera a relação, fica ameaçado.

6. Rotina e cansaço
É natural que o cansaço do dia a dia desestimule a interação entre os pares. Porém, desfrutar dos momentos juntos é fundamental para manter a saúde da união. Jantar separados ou na frente da televisão desperdiça um horário de troca precioso. Claro, a vida não é uma festa, todo mundo pode ter um dia ruim no trabalho ou estresse no trânsito. Assim, saber como administrar isso e, principalmente, não descontar o nervosismo no outro, é prática dos casais felizes. As brigas não devem se tornar constantes e permanentes, esperando que o dia a dia fique mais fácil ou com menos cobranças. O casal maduro tem uma lógica equilibrada e adequada. Às vezes precisamos dispensar algumas discussões e viver mais a relação.

 

Baseado em texto da autoria das escritoras: Lidia Aratangy e Magdalena Ramos

Data: sábado, 1 de outubro de 2011

Terminar novamente? Eis a questão de muitos casais.

 

Entre os casais, atravessar crises, é cada vez mais comum, porém o diferencial hoje, é a motivação de ambos em busca do desafio em descobrir meios para resgatar a relação. Saber até quando insistir ou desistir, sabendo que toda escolha jamais poderá ser pautada em um aspecto apenas. Pois, envolve tempo, reflexão, conversas, expectativas de cada um, formas de funcionamento individuais, crenças e valores, dentre outros fatores.

Toda ruptura causa desgaste, frustração, tristeza, decepção, e até mesmo, alívio. Para alguns a necessidade do fim pode ser clara e simples enquanto para outros pode ser difícil de enxergar, compreender e aceitar. Para uns é preciso pouco para acabar uma relação, para outros vale sempre tentar um pouco mais. A velha questão da falta de tolerância, falta de paciência entre os casais de hoje.

Questionar-se sobre o que move a escolha ou o desejo de se continuar junto de alguém, é essencial para se chegar num consenso. Amor? Sexo? Necessidade? Carência? Comodismo? Companheirismo? Parceria? O que mantêm sua relação? O que mantêm sua escolha de ser casal?

Lutar, investir e apostar na relação são gestos válidos e importantes. Entretanto também é fundamental saber o limite e até onde se deve ir. Pois, devemos visualizar as relações como elásticos, não devemos esticar até romper, mas prevenir para que a elasticidade jamais termine. Lembrando que relação sadia, existe quando há uma via de mão dupla, sendo engrandecedor para ambos.

As causas que levam à ruptura são muitas, algumas graves outras nem tanto, mas independente do que seja o fato é que quando se opta pelo término um caminho de desencontros, discussões, acusações, mágoas já foi percorrido e ele não será tão facilmente esquecido ainda que o casal tente, mais adiante, reatar. A importância do exercício mental do perdão, é essencial nessa fase. Costumo falar aos casais no consultório que perdoar é um ato vertical, e desculpar -se é um ato horizontal. Ou seja, o perdão é entre você e um Ser superior e ou você consigo mesmo, o outro não necessita saber, apenas sentir. Já o desculpar-se é um ato mais raso, ou seja, se faz necessário o consentimento do outro. Os dois atos tem sua devida importância dentro das relações e papéis fundamentais.

Exige uma grande maturidade, um certo desprendimento de pontos passados, capacidade de deixar o ressentimento de lado para se apostar novamente em uma relação. Algumas pessoas alcançam essa possibilidade, outras não. Esses seriam caminhos fundamentais para que se torne viável mais uma tentativa em se continuar junto. É normal que novas brigas e discussões que eventualmente surjam atualizem as dores ou mágoas antigas e se não houver por parte da dupla uma capacidade de conversar, se apoiar e considerar que fizeram uma nova escolha em estarem juntos, será ainda mais penoso e sofrido, porque indubitavelmente o passado será lembrado. O que vale é que apesar de lembrado ele sirva como um ponto de crescimento do casal e não como material de crítica a cada nova discussão.
Reflita muito sobre as motivações que os levam a tentar de novo e avalie acima de tudo se é uma escolha saudável. Não há necessidade de esticar o elástico até ele arrebentar. Por mais sofrida que seja desistir de uma relação devemos sempre lembrar que a lealdade e o cuidado devem ser maiores com nós mesmos, apenas assim teremos maior possibilidade em construirmos escolhas felizes, promissoras e saudáveis.

Mas, vale a pena lembrar de alguns significados e carregá-los na nossa bagagem como: renúncia, tolerância, paciência, cumplicidade, lealdade, amizade, soma, respeito...

Os trilhos dos nossos vagões da vida seguem...!!!

Por: Karina Simões

Data: sábado, 17 de setembro de 2011

O que destrói o AMOR

 

  1. Solidão a dois - São as "relações de estancamento", ou seja, quando reinam a indiferença e a falta de diálogo.
  2. Papéis sociais em conflito - Nas "relações de modelos culturais", o choque existe quando a expectativa é diferente da realidade.
  3. Quando a vida financeira e o dinheiro é o problema - Nas "relações das crises financeiras", até a vida sexual pode ser afetada.
  4. Sob controle total - As "relações de possessividade" são marcadas pelo ciúme.
  5. Comportamento sexual inadequado - Nas "relações da sexualidade tóxica", o sexo não é vivido de forma saudável.
  6. Amor competitivo - O casal disputar
  7. Humilhar o parceiro (a) - Um desmerecer o outro o tempo todo nas "relações de desqualificação".
  8. ta tudo e todos nas "relações de competitividade"
  9. Traição, caminho rápido para o fim - As "relações de infidelidade" resultam em perda de confiança, o que deteriora o relacionamento.
  10. A agressão é a tônica - Nas "relações de emoções explosivas", os casais se agridem o tempo todo.
  11. Crenças, valores, sonhos e objetivos diferentes - Dificultam o sucesso e a harmonia do casal.

 

Por: Karina Simões

 

Data: sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Desafio das relações

 

O casamento e as relações afetivas, ainda hoje, são um dos maiores desafios que nós, seres humanos enfrentamos. Uns acreditam nessa "instituição", outros "deixam a vida levar". Assim, vamos nos deparando com os insucessos muito mais do que com os sucessos afetivos alheios. Tal postura se caracteriza como um erro devido ao fato de termos um olhar crítico e negativista para as coisas mais sublimes que temos: o viver a dois!

Trabalho com casais há 10 anos, em meu consultório.  Já vi casamentos serem destruídos... Mas, também já tive o prazer de ver relações serem reconstruídas e refeitas com uma nova roupagem, uma nova direção e uma nova esperança para uma nova forma de caminhar a dois. Costumo dizer que trabalho "vendendo esperança". É, portanto, maravilhoso trabalhar com tal sentimento! É algo mágico, podermos restaurar em cada pessoa que nos procura, com um grito de socorro, o sentimento mais urgente naquele momento: a ESPERANÇA.

As relações afetivas costumam falir quando projetamos no outro nosso ideal de felicidade. Assim, devemos ter uma compreensão de que o sucesso ou o insucesso do casamento está em trabalharmos mentalmente em: ACEITAR O IMPONDERÁVEL.

Um dos fatores que têm se mostrado muito eficaz em casamentos com um bom prognóstico, é a prática do autoconhecimento e saber identificar os limites. Ou seja, a experiência de morar sozinho durante um tempo ajuda no autoconhecimento , a saber lidar melhor com a sensação de desamparo e a aprender a gerenciar a própria vida, facilitando assim, uma vida conjugal posterior.

Um grande AMIGO e PROFESSOR, a quem costumo chamá-lo de  "guru espírito-profissional" - Dr. Eduardo Ferreira-Santos, já mencionava: "...Karina ... em um casal, existem três entidades: o EU, o TU e o NÓS! O grande problema das relações é querer abolir algumas dessas entidades."

Para estarmos casados, espera-se que, o outro tenha qualidades que amamos e admiramos. Ao mesmo tempo, porém, ele ou ela apresenta maneiras e manias de ser que chegamos a detestar. É nessa dualidade de sentimentos que esperamos que o outro aja como pensamos. É, então, nessa expectativa que nos frustramos. Criando uma expeculação sobre algo que o outro jamais irá lhe dá.


Bem...Vou finalizando por aqui... Um post em homenagem aos casais que venho atendendo, ajudando, evoluindo juntos com eles!


Obrigada a cada um de vocês!

Por: Karina Simões

Data: quinta-feira, 19 de maio de 2011

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