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Não temos o controle da vida

Começo o ano escrevendo com emoção e comoção! Meu coração ficou apertado, minha alma ficou doída e os meus olhos não resistiram derramando-se em lágrimas ao me deparar com as homenagens às pessoas que sofreram o atentado de Paris, onde estive dias atrás. Fiquei paralisada e chocada em frente de cada carta, cada foto, bandeiras, flores, velas e adereços ali pendurados tentando retratar a dor de famílias e amigos que se foram por um ato insano, brutal e irracional de desprezíveis terroristas. Chorei, rezei e me emocionei ao olhar ao redor e me deparar com inúmeras pessoas também emocionadas, assim como eu, por pessoas que nem ao menos sabemos quem são, mas sabemos, conhecemos e sentimos as suas dores! Conhecemos tais pessoas com a alma e, assim, somos ligadas pela dor. O mundo parou ao sentir essa dor, pois foi um atentado contra toda a humanidade.

Estar no local dos atentados, como estive, me deu uma sensação de fragilidade e vulnerabilidade ao mesmo tempo. Assim, pensando e olhando para aquela cena, tive a certeza de que não mantemos o controle acerca de nada, muito menos o controle da vida. Pois, ali estiveram pessoas certas de que estariam se divertindo, e de que jamais passaria em suas cabeças a possibilidade da morte iminente. Mas o final para eles foi diferente e fora do controle!
A dor e a emoção que senti ao chegar ao local são indescritíveis. Os meus olhos não me obedeciam, e lágrimas caíam sem o menor controle. E mais uma vez, a vida nos mostra... Não temos o controle de nada, nem mesmo de uma lágrima cair de nossos olhos!
De repente, no retrato de uma paisagem fúnebre assisti a uma menina ofertar, naquela praça, uma rosa de cores vivas. Tinha o vermelho aceso de suas pétalas, contrastado com o verde vibrante de folhas, que me levou a crer que no carmim de um sangue derramado, a cor da esperança existe em nós.
Eu me vi naquela criança inocente e cheia de afeto. E pude crer que no encontro com a pureza de toda história será sempre possível acreditar que tudo pode ser e será diferente... Tudo isso quando a gente nunca deixar de ter esperança e ser a criança que há dentro de nós.

Por: Karina Simões

Texto publicado em minha coluna http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher.htm

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FASES DE UMA SEPARAÇÃO: principalmente para a mulher...

A DECISÃO: Nessa fase, as insatisfações se tornam visíveis e não há mais diálogo entre o casal, companheirismo, prazer de estar junto. As discussões que eram mensais começam a ocorrer quase diariamente. Pesam-se novamente os prós e os contras e decide-se adiar a ruptura, apostando no resgate da relação. O processo de decisão, por qualquer uma das partes, é lento, pois é doloroso. É assustadora a ideia de construir uma vida sozinha e é triste admitir que o relacionamento tenha de fato acabado. Há muito medo e dúvidas envolvidas, tanto por questões financeiras, quanto emocionais. Nesse momento, há um embaralho afetivo na cabeça da mulher, envolvendo as dúvidas sobre as perdas com a possível decisão.
Essa fase pode ser aberta e conhecida pelo casal, se eles optarem por discutir os problemas e encontrar soluções; ou pode ser silenciosa, sendo da iniciativa apenas de um dos cônjuges, o que prejudica muito um bom prognóstico afetivo da relação a posteriori.
 A relação se transforma numa guerra ou num tédio completo, bem como numa disputa e quem um dia era parceiro, vira rival. O momento de decisão fica mais claro quando, ao invés de questionar o tempo todo “como está o meu casamento?”, você indaga: “como eu estou?” ou “o que ainda faço aqui nessa relação?”. Talvez seja a hora de encarar a separação, porém com ética e respeito ao outro.
A NEGAÇÃO: É uma fase inicial em que se começa a negar que as coisas estavam tão ruins assim. Você acha que está exagerando, jogando uma relação longa e legal pela janela por tolices, que é, portanto, só uma crise que passará como as outras. Afinal, separar é doloroso, difícil e tendemos a esquecer as coisas ruins do relacionamento para tentar aplacar a dor da ruptura. O ser humano é ambivalente, assim como os sentimentos. Há uma oscilação nos sentimentos como forma de protegermo-nos das dores. Portanto, pode ser que demore um tempo para se ter a confirmação de que a decisão certa foi tomada.  
FRACASSO: Essa fase representa o fim de um projeto de vida, de sonhos, de um investimento emocional grande. Nesse momento, a sensação de impotência aparece de forma marcante. A pessoa pode sentir-se fraca, desprotegida e com a falsa sensação de que não vai mais refazer a vida. Parece que as relações são descartáveis, mas com o tempo você perceberá que é uma crença falsa.
CULPA: É um sentimento que aparece sempre e em consequência da incapacidade que sentimos por não conseguirmos salvar esse relacionamento. Perguntas surgem: “Onde eu errei?”; ”Por que ele (ela) não gosta mais de mim?”; “O que aconteceu, por que eu?”.
REJEIÇÃO: Aparece quando se estabelece uma sensação de ter sido deixada(o) pelo cônjuge. Ouvir que não é mais amada(o) faz com que a autoestima seja profundamente abalada, podendo deixar sequelas para a continuidade da vida.
MEDO: O medo da solidão, do novo, de não conseguir seguir adiante, de não ser feliz um dia, de não reconstruir a vida afetiva e financeira. Como será essa reconstrução? O medo se instala, só precisa ter cuidado para não ficar paralisada(o).
ALTOS E BAIXOS: Vão fazer parte do dia a dia dessa nova jornada. Há dias bons e ruins.  
A PERDA DEFINITIVA: Surge quando o outro começa um novo relacionamento. Sentimentos de tristeza, acessos de ciúme e posse podem frequentemente acontecer. Isso dá uma sensação de substituição e pode abalar a autoestima.
COMEÇAR DE NOVO: No começo, parece desanimador e árduo enfrentar um mundo que era vivenciado a dois e agora se adaptar a ser um no dia a dia. Há o medo, a solidão e o vazio. É preciso muita coragem e é importante se fortalecer para se estruturar emocionalmente para enfrentar a nova fase.  Há consciência de que a solidão a dois era aterrorizante e que agora você está diante da possibilidade de viver uma solidão saudável com você mesma e, assim, poder estar inteira num momento posterior para uma nova relação.

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Expectativa de vida faz dobrar divórcio acima dos 50 anos

MATÉRIA VEICULADA COMIGO - KARINA SIMÕES

A população brasileira está vivendo mais e, neste mesmo compasso, o número de divórcios entre pessoas acima dos 50 anos, também, tem aumentado. Pelo menos é o que mostra o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demostrando que o número de divórcios, onde pelo menos um dos cônjuges tem mais de 50 anos, quase dobrou desde 1990.
Para se ter uma ideia, em 1980, a expectativa de vida do brasileiro era de 62,5 anos, para ambos os sexos. De 1980 à 2013, expectativa de vida no Brasil passou de 62,5 anos para 74,9 anos, um aumento de 12,4 anos. O sexo feminino teve um aumento maior (12,9 anos) na expectativa de vida do que os homens (11,7 anos).
As mudanças sociais e culturais ao longo destes anos tem forte influência na vida dos casais, que com maior expectativa de vida e inseridos em uma sociedade aberta ao divórcio, passaram a buscar a felicidade longe do parceiro e da relação que não andava feliz. Segundo o IBGE, a porcentagem de mulheres que se divorciaram acima dos 50 anos, foi de 10,4% em 1990, passando para 16,5% em 2010, entre os homens foi de 16,5%, em 1990, para 23,8% em 2010.
Em entrevista ao site Divórcio Aqui (www.divorcioaqui.com.br), especialista em processamento de documentos para divórcios online, a psicóloga cognitiva comportamental, Karina Simões, disse que “a sociedade anteriormente “massacrava” e condenava a pessoa divorciada, em especial a mulher, e hoje o divórcio é visto com maior aceitação pela sociedade. Com apoio social e até oferecendo condições de aceitação para uma restauração afetiva posterior com outro parceiro”.
Apesar das mudanças o desafio ainda é grande para quem pensa em sair de uma relação onde a família está constituída com filhos, netos e até bisnetos. No consultório, Karina Simões, costuma atender casais e famílias que relatam problemas recorrentes e em situações como a do divórcio, fatores emocionais, sociais e financeiros pesam na balança. “A dependência financeira de um dos cônjuges faz com seja uma das principais dificuldade dos casais em enfrentar términos”, disse ela.
Restabelecer os contatos com antigas amizades, fazer parte de grupos sociais e culturais podem melhorar a relação social de quem decide pelo divórcio. Para a psicóloga, o mais importante é a pessoa buscar atividades que sejam prazerosas e que possibilite o contato e a formação de novas amizades.

Mulher doente, divórcio à vista!

A tendência da mulher ao cuidado, faz com que ela seja o personagem principal na manutenção do casamento, dado que se confirma em um estudo realizado em Iowa State University, nos Estados Unidos, com casais acima dos 50 anos. Na pesquisa foi constatado que na relação onde a mulher sofreu uma doença grave, ocorreram 6% mais divórcio do que aquelas em que ela permaneceu em boa saúde. No caso oposto, risco de o casamento terminar em divórcio não aumentou, quando o homem apresentava doença grave.
É interessante observar, também, que o número de mulheres que se divorcia acima dos 50 anos é menos que o dos homens. O IBGE mostra que os pedidos de divórcio não consensuais entre os homens foi maior que o das mulheres, sendo 10.056 pedidos feitos pelos maridos e apenas 5.888 pelas esposas.
Karina Simões, esclareceu ao Divórcio Aqui, que “a mulher por ter uma condição emocional atrelada a ela sob o termômetro do “cuidar”, faz com que nessa idade, o desfazimento conjugal seja interpretado de diferentes formas comparado ao sexo masculino. Ou seja, o homem tende sempre a uma busca de reafirmação de sua masculinidade. A mulher, tende a busca de sua essência do cuidado e da maternagem, que transparece sempre o zelo e o cuidar pelo outro”, disse.

O caminho para a felicidade e longevidade da relação

Não há fórmulas para um casamento feliz e com longevidade. Mas na verdade, há sim alguns questionamentos individuais que Karina Simões trabalha na clínica com casais fazendo com que eles reflitam que o casamento feliz é medido entre a relação de cumplicidade verdadeira e o respeito mútuo entre o casal.
Para ela, compreender que o casamento não é estabelecido como uma disputa entre os parceiros é outra reflexão que se deve ter na caminhada a dois. “Pois, percebemos que muitos casais, estabelecem uma relação de rivalidade entre eles, ou seja, uma disputa muitas vezes de “poder”, e com isso começa a desconstrução dessa relação, que muitas vezes, culminando em um divórcio ou na infelicidade”, disse.

Fonte: https://www.divorcioaqui.com.br

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Tempo de recomeçar...

Todo início de ano, as pessoas tendem a refletir sobre as suas ações passadas, sobre o que deixaram de fazer e o que desejam mudar. É uma nova chance que se inicia com mais 365 dias adiante para se concretizar promessas e adquirir novos e saudáveis hábitos comportamentais. Afinal, sempre queremos mudar e evoluir.
Começar um novo ano nos possibilita reacendermos uma esperança dentro de nós, pois faz brotar uma nova expectativa de sucesso com as novas metas almejadas e regadas a pensamentos otimistas. Escrever metas novas, começar uma atividade física, entrar num curso de línguas, começar a psicoterapia tão desejada ou procurar iniciar uma alimentação saudável... Por aí vão as atitudes de “pontapé” inicial do começo do ano. Mas, a verdadeira mudança encontra-se numa reflexão e viagem interior com você mesmo, chegando a conclusões de que velhos hábitos não saudáveis e lembranças de memórias destrutivas apenas nos fazem permanecer reféns de nós mesmos. Presos, desse modo, a uma impossibilidade de evolução psíquica e comportamental. Inviabilizados de recomeçar a viver com uma nova oportunidade do ano que se inicia.
E o novo ano começou! Ele está aí olhando para você, sorrindo através do brilho do sol de cada manhã, com novas oportunidades a cada dia, pois, é tempo de viver coisas novas... Livre-se de atitudes destrutivas, pratique o bem fazendo com que isso se torne um hábito em sua vida, entre em contato com o desapego, elimine sentimentos que nutrem negatividade em sua vida, e procure sempre rezar pelos que desejam, de alguma forma, o mal. Pois, é disseminando o bem que destruímos o mal.
Quer algumas dicas para escrever suas metas deste ano?
Utilizamos no consultório uma lista de categorias de metas, que facilitam as pessoas a descreverem seus desejos em cada área, a exemplo de: corpo, saúde, vida profissional, financeiro, familiar, amorosa, sexual, social, espiritual, patrimonial e lazer. Agora é hora de mãos à obra! Mente positiva para frente e vontade de vencer. O ano começou. Vamos lá?!

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Texto disponível em outra versão em minha coluna UOL/MULHER : http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher.htm

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Má comunicação e disputas fomentam DRs

Relacionar-se é sempre um grande desafio. E esse caminho (desafio) deve ser trilhado continuamente numa via de mão dupla: esse é o primeiro passo nessa empreitada.

A disputa entre o par fomentada pela má comunicação, muitas vezes, são as causas principais de "DRs" em consultórios psicológicos.

Começar o ano com expectativas positivas de que o caminhar a dois será sempre uma estrada... um caminho lado a lado. A mulher pode usar de sua sensibilidade e retórica feminina para dar um upgrade quando surgir momentos espinhosos e assim contribuir com esses atributos para gerar bons resultados.

O velho jargão nos ensinava: "Gentileza gera gentileza". E é assim também que funciona na vida a dois. Quer afeto? Doe-se com afeto. Quer carinho? Tenha atitudes carinhosas. É sempre uma reciprocidade.

E nesse sentido que o grande mestre e filósofo francês Mearleau-Ponty (1908-1961) nos ensinou: "Somos um para o outro colaboradores numa perfeita reciprocidade. Nossas perspectivas fundem-se uma na outra e coexistimos através de um mundo em comum".

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