Com a chegada do final do ano, começamos a rever nossas atitudes e refletirmos. É comum avaliarmos nossas conquistas e frustrações porque elas fazem parte sim de nossa história no decorrer do ano.
Somos diariamente acometidos por um “vírus” do dia a dia, que nos impede, muitas vezes, de evoluirmos. Esse “vírus”, a que me reporto, são nossas atitudes impeditivas que são impulsionadas por hábitos já arraigados em nós. Assim, se desenvolvêssemos o hábito de abandonar tais atitudes, sobraria mais espaço para uma aprendizagem construtiva, fortalecendo nossa base psíquica e nos protegendo com uma verdadeira imunidade emocional.
Essa semana, após entrar em recesso no consultório, pensei nas pessoas que já passaram por mim, no universo, na vida social e percebi o que havia em comum entre todos: os rótulos sociais, as atitudes e comportamentos autodestrutivos, que os impediam de alcançar a tão almejada felicidade e o sucesso. As pessoas se prendem a atitudes destrutivas e se tornam reféns delas mesmas no decorrer do ano, que muitas vezes, as fazem entrar num conflito existencial ao final dele.
Decidi, então, listar algumas atitudes que devemos aprender a abandonar, praticando o desapego:
Remorso - Não se muda o que é, nem muito menos o que se foi. Quem sente remorso sofre duas vezes. É reviver a mesma perda incansavelmente.
Raiva - Muito vinculada ao medo de perder o suposto controle de sua vida ou de alguma situação. Um sentimento de autodestruição. E lembre-se: ter o controle de tudo é viver uma mentira.
Culpa - Culpar o outro ou julgar, nos impede de enxergarmos nossas próprias fraquezas. Sentir-se culpado o tempo inteiro, nos impede de evoluirmos espiritualmente. A culpa nos faz atuar num papel que não somos nós.
Orgulho - Já dizia o psicanalista Fritz Perls: "O ser humano é a única criatura com a capacidade de atrapalhar a própria existência".
Insegurança - Todos somos inseguros, porém, poucos NÃO deixam que ela tome conte de suas vidas. Encontrar o equilíbrio desse sentimento é o melhor caminho.
Inveja - Muito próxima do orgulho e mora ao lado da insegurança. Sentimento improdutivo e destrutivo. Só atrapalha e não agrega valores.
Julgamento - Talvez a pior de todas as atitudes citadas acima. A mais mesquinha, a mais pobre de espírito e a mais injusta das ações. Julgar e rotular pessoas e coisas nos rouba a capacidade de sermos melhores e mais evoluídos.
Eis aqui minhas dicas para praticarmos o desapego emocional neste final de ano.
Por: Karina Simões
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