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Você não merece o que tem?

Li recentemente em uma reportagem que mulheres bem sucedidas e poderosas sentem-se como “impostoras”, a exemplo da atriz americana Jodie Foster, que já ganhou duas estatuetas do Oscar. Segundo a matéria a atriz afirma sentir uma sensação de fraude, como se não merecesse os reconhecimentos e premiações por ela alcançadas.

Ao analisar essa fala pude perceber que em várias oportunidades ouvi relatos, em minha clínica, de pessoas que tinham a mesma impressão e pude perceber que se trata de pessoas com o mesmo perfil de sucesso, empenho e angústia.

Essas pessoas, como a atriz, têm constantes pensamentos de que podem perder tudo a qualquer momento, diante da crença de que não merecidamente conquistaram algo. Em meus estudos e análises dos fatos pude perceber traços coincidentes nos vários casos que estudei e acompanhei. Com efeito, percebi traços de personalidades que se impunham obrigatoriedades e empenho excessivos para se alcançar a meta que se situavam bem próxima da perfeição ou do quase impossível. Imagino que o sonho foi construído com a concepção de uma distância quase inalcançável. Por outras palavras, a pessoa acredita que jamais será possível alcançar o que se pretende e mesmo se imprimindo um ritmo e exigência sobre-humano, guardam a ideia de ser inalcançável a meta, mesmo sem dela desistir.

É nessa ambivalência entre a descrença de se chegar ao lugar pretendido e a imposição de permanecer no esforço para conquistá-lo que se estabelece a realidade psicológica de sofrimento. Nestas condições, o sujeito mesmo alcançando o seu objetivo, continua a imaginar que não teria condições de atingir o que sonhou e assim julga que tudo não passa de uma “farsa”. É justamente diante desta realidade que surge a insegurança e com ela a angústia e até mesmo a ansiedade com o medo de perder o que conquistou.

O mundo competitivo que submete tantas pessoas a provas que não permite grandes erros como certos concursos públicos ou mesmo uma vaga em universidades em cursos de elevadas concorrência, sujeitam os candidatos a um esforço e dedicação desumanos. Estes passam anos estudando por até 15 horas diárias, e quando obtém êxito, muitos deles entram em crises, imaginando ter sido uma farsa ou mesmo com o medo de perderem o que com o seu esforço conquistaram. A fantasia de serem “impostores” precisa ser desfeita e o trabalho psicoterápico tem como desafio o trabalho com os pensamentos causadores desse sofrimento até a reformulação da crença de incapacidade.Daí se dá a importância e relevância de um acompanhamento psicológico para se desfazer essas crenças disfuncionais.

Tudo isso me leva a um conceito que precisa ser melhorrefletido nos tempos atuais: não basta alcançar o que tanto se deseja, pois muito além de uma conquista está o modo como se conquistou. Não adianta chegar apenas, mas fundamentalmente é preciso cuidar do modo como se chega. Fica a dica para quem sonha alto e se impõe a exercícios que vão além de seus limites. E para aqueles que sofrem com esses pensamentos de serem “impostores”, fica o convite para que procurem o quanto antes um psicólogo que o ajudem a se livrarem desse sofrimento. A descoberta de seu merecimento e a compreensão de todo o esforço dedicado será um caminho seguro para o entendimento e o sentimento de que: “você fez por merecer”!


Por: Karina Simões Moura de Moura

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FASES DE UMA SEPARAÇÃO: principalmente para a mulher...

A DECISÃO: Nessa fase, as insatisfações se tornam visíveis e não há mais diálogo entre o casal, companheirismo, prazer de estar junto. As discussões que eram mensais começam a ocorrer quase diariamente. Pesam-se novamente os prós e os contras e decide-se adiar a ruptura, apostando no resgate da relação. O processo de decisão, por qualquer uma das partes, é lento, pois é doloroso. É assustadora a ideia de construir uma vida sozinha e é triste admitir que o relacionamento tenha de fato acabado. Há muito medo e dúvidas envolvidas, tanto por questões financeiras, quanto emocionais. Nesse momento, há um embaralho afetivo na cabeça da mulher, envolvendo as dúvidas sobre as perdas com a possível decisão.
Essa fase pode ser aberta e conhecida pelo casal, se eles optarem por discutir os problemas e encontrar soluções; ou pode ser silenciosa, sendo da iniciativa apenas de um dos cônjuges, o que prejudica muito um bom prognóstico afetivo da relação a posteriori.
 A relação se transforma numa guerra ou num tédio completo, bem como numa disputa e quem um dia era parceiro, vira rival. O momento de decisão fica mais claro quando, ao invés de questionar o tempo todo “como está o meu casamento?”, você indaga: “como eu estou?” ou “o que ainda faço aqui nessa relação?”. Talvez seja a hora de encarar a separação, porém com ética e respeito ao outro.
A NEGAÇÃO: É uma fase inicial em que se começa a negar que as coisas estavam tão ruins assim. Você acha que está exagerando, jogando uma relação longa e legal pela janela por tolices, que é, portanto, só uma crise que passará como as outras. Afinal, separar é doloroso, difícil e tendemos a esquecer as coisas ruins do relacionamento para tentar aplacar a dor da ruptura. O ser humano é ambivalente, assim como os sentimentos. Há uma oscilação nos sentimentos como forma de protegermo-nos das dores. Portanto, pode ser que demore um tempo para se ter a confirmação de que a decisão certa foi tomada.  
FRACASSO: Essa fase representa o fim de um projeto de vida, de sonhos, de um investimento emocional grande. Nesse momento, a sensação de impotência aparece de forma marcante. A pessoa pode sentir-se fraca, desprotegida e com a falsa sensação de que não vai mais refazer a vida. Parece que as relações são descartáveis, mas com o tempo você perceberá que é uma crença falsa.
CULPA: É um sentimento que aparece sempre e em consequência da incapacidade que sentimos por não conseguirmos salvar esse relacionamento. Perguntas surgem: “Onde eu errei?”; ”Por que ele (ela) não gosta mais de mim?”; “O que aconteceu, por que eu?”.
REJEIÇÃO: Aparece quando se estabelece uma sensação de ter sido deixada(o) pelo cônjuge. Ouvir que não é mais amada(o) faz com que a autoestima seja profundamente abalada, podendo deixar sequelas para a continuidade da vida.
MEDO: O medo da solidão, do novo, de não conseguir seguir adiante, de não ser feliz um dia, de não reconstruir a vida afetiva e financeira. Como será essa reconstrução? O medo se instala, só precisa ter cuidado para não ficar paralisada(o).
ALTOS E BAIXOS: Vão fazer parte do dia a dia dessa nova jornada. Há dias bons e ruins.  
A PERDA DEFINITIVA: Surge quando o outro começa um novo relacionamento. Sentimentos de tristeza, acessos de ciúme e posse podem frequentemente acontecer. Isso dá uma sensação de substituição e pode abalar a autoestima.
COMEÇAR DE NOVO: No começo, parece desanimador e árduo enfrentar um mundo que era vivenciado a dois e agora se adaptar a ser um no dia a dia. Há o medo, a solidão e o vazio. É preciso muita coragem e é importante se fortalecer para se estruturar emocionalmente para enfrentar a nova fase.  Há consciência de que a solidão a dois era aterrorizante e que agora você está diante da possibilidade de viver uma solidão saudável com você mesma e, assim, poder estar inteira num momento posterior para uma nova relação.

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Quanto tempo esperar pelo amor de sua vida?

Fiz essa pergunta numa rede social e muitos participaram. A maioria respondeu que esperaria o tempo que fosse preciso.
Outros disseram que dependeria do amor ser recíproco. E alguns disseram que não esperariam amor algum; iriam vivendo, porque viver requer pressa.

Mas... amar não faz o tempo parar?

É exatamente essa sensação que muitos sentem ao se inebriarem pelo amor e pela reciprocidade do envolvimento afetivo. Amar a dois faz bem e nos motiva a viver. Amar faz nos sentirmos jovens e voltar a ter a vitalidade dos 20 anos. O amor verdadeiro nos coloca para frente, nos engrandece e nos deixa melhor do que somos. O beijo nos encanta, o olhar nos prende e o silêncio nos fala tudo que queremos ouvir. Ele, o amor, nos basta nesse momento.

Por esse amor descrito você esperaria quanto tempo? Todos temos tempos diferentes de espera.

Esse amor que envolve, cativa e encanta o dia a dia deixa a gente livre e ao mesmo tempo ficamos ligados no outro.

Alguns acreditam que seja mais fácil esperar do que desistir. Eu diria ao contrário. O desistir pode parecer mais acessível, levando as pessoas a partirem para a tentativa de outro amor. Mas esperar não é para todos. Esperar se torna um ato mais difícil por ser muitas vezes vazio no tempo. Um vazio que chega a doer na alma. Uma espera que nos faz sentir com os olhos fechados o sabor do beijo dado, o cheiro do outro em nós e a presença constante que nos move no tempo.

Assim, esperar é um projeto sonhado a dois quando se ama verdadeiramente alguém. A espera é uma renúncia para muitos, mas um ato de coragem e grandeza para quem ama e deseja viver a plenitude desse amor. Certa vez o Pe. Fábio de Melo nos disse que: “O importante é saber, que em algum lugar deste grande mar de ameaças, de alguma forma estamos em travessia...”. Porque é na espera, que já se encontra o sentido de ser; é na espera que já sentimos ser melhores do que somos em amar!!!

 

Texto disponível também em minha coluna no site UOL/Mulher:

 http://www2.uol.com.br/vyaestelar/quanto_esperar_por_um_grande_amor.htm

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“ASSÉDIO CONJUGAL”: uma realidade inclemente

Meu consultório é um laboratório maravilhoso de ideias. Recentemente, comecei a observar uma demanda frequente não só em minha prática clínica, mas também na mídia, de uma forma geral, de queixas de paciente acerca de uma prática destrutiva em sua relação conjugal.

Trata-se de caso de parceiro que sufoca o outro fazendo certa "pressão" psicológica por inúmeros motivos, e esse cônjuge não se dá conta que esse caminho conduz à construção de uma relação impiedosa.

A intenção parece ser o controle sobre o outro, numa tentativa de mantê-lo perto o(a) parceiro(a).

Consequências do controle sobre o outro no relacionamento

Ao contrário, essa atitude acarreta, cada vez mais, um distanciamento entre o casal levando a vários fatores que geram desgaste, como:

- Quebra da cumplicidade;

- Desconfiança aguçada por uma das partes;

- Ruptura do diálogo franco;

- Instalação de um quadro onde a transparência de atos não mais está presente;

- Sigilo de informações cotidianas;

- Não compartilhamento do dia a dia;

Enfim, o esfacelamento do relacionamento. Esse panorama é originado tendo por base a insegurança do cônjuge.

É notório ressaltar que uma relação conjugal sustentar-se-á, com facilidade, fundamentada no diálogo aberto, sincero e, consequentemente, na presença de um canal de comunicação livre de críticas destrutivas, de notas de repúdio e de vigilância em qualquer de suas formas. É importante diferenciar o compartilhamento de desejos e de vida com a necessidade de controlar o outro.

Pacientes me revelam que o cônjuge exerce continuamente certo domínio sobre eles almejando o controle com perguntas típicas como:

- Onde você foi?

- A que horas volta?

- Com quem estava?

- Telefone-me ao chegar ao trabalho ou envie-me uma foto pelo WhatsApp.

- Por que não postou no facebook? etc.

São práticas visíveis que denotam a autoridade de um sobre o outro.

Sintomas do controle exacerbado sobre o outro

Esses mecanismos de controle exacerbados acarretam, ao longo do tempo, sintomas psicológicos e físicos, tais como:

- Medo de estar fazendo algo errado;

- Ansiedade elevada;

- Taquicardia;

- Alterações no sono e no apetite;

- Sensação de culpa constante;

- Ficar hipervigilante, entre outros.

Costumo explanar que uma relação saudável fundamenta-se não sob esse prisma, mas sim pela cumplicidade, pela troca espontânea, pela partilha despojada, pelo desejo de revelar ao outro as atividades rotineiras ou não do seu dia.

Ressalto que nenhuma relação se sustenta sob o manto da opressão e da vigilância, pois é na liberdade de poder ser quem somos, e de permitir o outro ser e vir a crescer, na sua plenitude, que o amor - na sua essência maior - se revela: livre, espontâneo, puro e, portanto, verdadeiro.

Amor e liberdade não são sinônimos no dicionário, mas estão intimamente ligados na prática da vida.

O amor só floresce num ambiente livre de opressão!

 

Texto disponível em minha coluna UOL/Mulher no site http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher.htm

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Exponho de forma correta minha imagem e modo de pensar nas redes sociais?

Com o mundo virtual à nossa disposição onde tudo acontece numa velocidade enorme, o modismo leva, por vezes, a uma prática sem a observação de determinados cuidados importantes para que a exposição não gere prejuízos imediatos ou futuros à vida pessoal e até profissional do usuário dessas ferramentas.
Seria bom, antes de cada publicação ou postagem refletir se sua intenção ou objetivo ao postar determinada informação (inclui-se aí imagens) estará em sintonia com a percepção da maioria das pessoas que a acessará. Ou seja, consegui transmitir com clareza e precisão a minha informação?

É preciso ter em mente que uma imagem ou informação pode dar margem a várias interpretações e tudo isso é lido sob a influência de julgamentos de quem lê. Mas, é certo que haverá um juízo, perto do senso comum que traduzirá um conceito. Assim, a roupa usada, a bebida apresentada, o lugar exposto, a companhia, a frase publicada ... Tudo isso despertará sempre ideias sobre o que se pretende dizer.

É fato que a mulher possui atributos físicos e beleza para expor e pode até fazer dessas passarelas tecnológicas um espelho virtual gigante, mas aliado a isso, sempre a valorização de sua autoestima, inteligência e saber.

Deixo essas dicas para todos, mas em especial à mulher que represento nesta coluna.

No mais, é sorrir e ser feliz!

Por: Karina Simões

Instagram: @Karisimoes

 

Texto disponível também em minha coluna no site UOL/Mulher:

http://www2.uol.com.br/vyaestelar/me_exponho_de_forma_correta_nas_redes_sociais.htm

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