Quem é mais bem resolvida: a romântica ou a racional?

 

 No início dos relacionamentos é fácil ser romântica como também estar receptiva às atitudes gentis do parceiro.

Mas com o passar do tempo, nossa mente parece precisar de lembretes diários. Começa assim uma crise existencial e um dilema: Vale a pena ser romântica? Ou devo ser racional e assim “sofrer” menos?

Fazer uma opção entre ser romântica ou racional sempre acarretará em ônus e bônus. Achar a zona de equilíbrio entre essas duas opções é a chave de ouro para a mulher e para o bom relacionamento. Nem tão romântica e nem tão racional... É possível com sabedoria e treino alcançarmos esse patamar emocional. Ser romântica em excesso nos aprisiona numa zona de desconforto de não ter um olhar equilibrado sobre o relacionamento e superestimá-lo: isso abre espaço para desilusões com o parceiro. Ser racional demais nos deixa refém da rigidez no sentido de reprimir sentimentos de afeto que trariam mais plenitude à relação.

Essas questões espelham a difícil arte de expor o romantismo e de senti-lo também. Mas quando falo em romance, não me reporto a culpar ou responsabilizar apenas a mulher. Romance é um empenho mútuo. Ambos têm que embarcar na mesma jornada para que o clima favoreça e volte a acontecer na relação.

Seis lembretes para ser romântica no dia a dia:

1ª) Procure três fotos românticas de vocês e exponha pela casa. Isso ajudará a estimular na memória lembranças positivas vividas a dois. Não tem? Propicie isso a vocês já!

2ª) Tome atitude: marque uma data prepare uma noite romântica, um jantar à luz de velas e compre um bom vinho.

3ª) Faça algo simples durante o dia: surpreenda com um comportamento diferente: um bilhete na cama ou no espelho do quarto ou SMS romântico, por exemplo.

4ª) Adquira hábitos conjugais exclusivos de vocês. Já atendi casais que tinham o hábito de colocar a pasta de dentes na escova do outro.

5ª) Planeje uma aventura romântica com seu parceiro. Algo que faziam quando namorados por exemplo.

6ª) Pare de competir com o parceiro. Casais que competem o tempo inteiro têm um mau prognóstico.

Todos os dias, temos oportunidades de realizar pequenos atos de romantismo e trazê-los de volta à nossa vida.

Digo “trazê-los de volta”, pois muitas mulheres, na sua tripla jornada de trabalho, e com o seu perfil de “bem resolvida”, clamam pelo romantismo e muitas vezes “choram” por não tê-lo.

 

Por: Karina Simões

@Psicronicidade @Karisimoes

Disponível também em: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher.htm

Instabilidade do humor

 

A instabilidade emocional vivenciada hoje nos relacionamentos é dolorosa e angustiante para muitas pessoas. Cada vez mais, as pessoas procuram os consultórios de psicologia, psicanalistas e psiquiatras por sofrerem com instabilidade do humor - própria e/ou oriunda da sua relação com o parceiro (a).


Alterações e instabilidade do humor, até certo ponto, nos parecem normais ou aceitáveis no nosso cotidiano tão cheio de turbulências. No entanto, o que poucos sabem é que isso pode ser o início, ou já um processo instalado, de um transtorno do humor grave, porém tratável. Percebe-se o quanto todo esse tormento sentimental interfere nos relacionamentos, sejam eles conjugais ou sociais. Pois, tal instabilidade de humor confunde significativamente o relacionamento interpessoal, fazendo com que o indivíduo se isole, tenha um baixo rendimento funcional e apresente crises de ansiedade e episódios depressivos. A parte desse histórico sintomático é que há tratamento adequado para tal transtorno.


O primeiro passo seria o encaminhamento a um profissional capacitado a fazer e tratar tal diagnóstico. Segundo passo seria a aceitação do transtorno juntamente com uma reeducação psicossocial. A integração da família no tratamento, muitas vezes, acelera o processo psicoterápico, fazendo assim, com que todos saibam como lidar com tal situação. Dentre alguns transtornos conhecidos, cito o Transtorno Bipolar (TB). Uma instabilidade do humor frequente, que acomete muitas pessoas e desagrega muitos casais e famílias, por falta de tratamento adequado. O TB é caracterizado por episódios mistos de euforia (mania ou hipomania), com episódios depressivos. Há um ciclo do humor, onde o indivíduo fica “preso” em “crises” que chegam a paralisar o pensamento, ou seja, ocorre um curto-circuito cerebral deixando-o com um embaçamento cognitivo. Registro aqui um apelo, com uma visão clínica, que as pessoas deixem o preconceito de lado, e procurem ajuda diante desse ciclo bipolar que angustia não só quem o tem, mas todos os "entes" ao seu redor.


Há um sofrimento intenso da família com uma sensação de impotência diante dos nossos olhos. Há uma vida esperando por cada um de vocês que passa por esses ciclos de humor. E, ela pode ser sim uma vida produtiva e gratificante.  O ato de enfrentar e aceitar esse novo desafio é, sem dúvida, o caminho.



Por: Karina Simões

@Psicroniciadade  @Karisimoes

Recasamento: dicas para padrastos, madrastas e enteados equilibrar a relação

 

 

A humanidade insiste em contar estórias infantis. A Branca de Neve e a Cinderela ao final encontram seu único príncipe encantado. A Bela Adormecida é acordada e salva por seu príncipe e assim cada uma segue em seu final feliz..

Esses contos constroem crenças, como por exemplo, a do amor idealizado que coloca a mulher numa atitude passiva à espera de um príncipe encantado, que a salvará de todos os perengues da vida.

Por outro lado, onde estão os livros ilustrados com novas versões da vida atual?

Livros que nos mostrem madrastas boas e competentes e padrastos empenhados numa nova relação com seus enteados?

Afinal, é preciso dar crédito às pessoas que reconstroem suas vidas e ao recasamento: trata-se da família mosaico.  Nessa nova realidade, a mulher precisa estar preparada para encarar: os meus, os seus e os nossos filhos.

10 dicas para equilibrar a relação na família mosaico:

1ª) Tenha interesse e carinho sincero pelo(a) enteado (a);

2ª) Através do diálogo, defina com clareza o papel de cada membro dessa nova família;

3ª) Preserve o papel dos pais dos enteados;

4ª) O lugar da mãe (ou do pai) é fundamental, não tente ocupar jamais;

5ª) Não faça distinção entre os filhos: os meus, os seus e os nossos;

6ª) Agregue todos os filhos, é sempre a melhor opção inicial; caso não dê certo, será necessário um remanejamento para ver quem mora com quem;

7ª) Controle o ciúme que porventura venha aparecer;

8ª) Respeite o tempo e o limite da criança e/ou adolescente na aproximação;

9º) A madrasta (ou padrasto) não deve representar uma ameaça e sim uma sensação agregadora;

10ª) Cuidado para não transferir ressentimentos e culpas da relação passada para esse seu novo relacionamento.

O papel da mulher nesse recasamento ou família mosaico não é apenas de madrasta, mas sim, de parceira na educação das crianças e adolescentes: meus, seus e nossos.

Assim, a princesa e o príncipe das estórias infantis e contos de fadas, encontram outros amores e reconstroem o conceito de “felizes para sempre”.

Eles são movidos pela vontade de criar uma terceira família com a seguinte ideia: recasamento é ser um, apesar de tantos envolvidos. Afinal, não basta estarem unidos, mas sim vinculados pela construção do afeto.

 

Por: Karina Simões

@Psicronicidade @Karisimoes

Disponível em: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher_familia_mosaico.htm
 
 

08 Março - O poder do batom



Sempre cabe “algo” a mais dentro da bolsa de uma mulher: carteira, bloquinhos, canetas, notebook, Ipad, maquiagens, remedinhos, cremes, etc. Isto não é diferente com o coração da mulher que, também, tem sua identidade traçada na expressão dos valores mais sublimes como a capacidade de amar e ser terna, na capacidade profissional, no desejo de sempre ficar mais bela, de ser reconhecida, valorizada e ser recompensada em seus investimentos afetivos. Nela sempre há lugar para “algo” a mais, ou alguém, além dela. Estaria o coração da mulher retratado em sua bolsa? Brincadeiras à parte, não há como negar que a mulher traz consigo a imensa virtude de cuidar de tantas coisas ao mesmo tempo e ter seus afetos direcionados para tantos objetos como para a realização pessoal e familiar.

Na bagunça da bolsa ou da sua cabeça há uma organização incrível onde tudo se acha quando se precisa, bastando apenas revirar o que em seu interior guarda e logo se tem à mão do que se necessita. Mas talvez, em tempos atuais, muitas mulheres estejam renunciando ao charme desse adereço ou de sua capacidade multifuncional, própria de sua essência feminina, para tornarem-se iguais na hora dos desafios no mundo de conquistas, ou melhor, tornarem-se menores em seus tamanhos, abdicando de virtudes e capacidades que as fazem um ser diferente.

Não é possível ser igual quando se é diferente e se mostrar sem sentido viver um enfrentamento para se conquistar um lugar que não é seu e nem deve pretendê-lo. Homens e mulheres trazem na alma marcas que tendem ao encontro e, nesse aspecto, se valem de atributos diferentes. O charme feminino está na sua imensa capacidade de amar, que se faz com ternura, gentilezas e afetos. Isso em nada diminui a sua condição de ser e, antes de parecer uma negação ou afirmação de inferioridade, tem a força de pô-la num lugar privilegiado em toda relação, em todos os seus empreendimentos e investimentos afetivos ou intelectuais.

Receio as consequências do discurso beligerante, posto num cenário de “guerra dos sexos”. Essa guerra nega a própria verdade do sexo que, sendo diferente, se ajusta e não pretende o mesmo lugar. Nem mesmo na competitividade do mercado de trabalho, que muitas vezes, interfere com a sua cultura de disputa nos espaços mais reservados como a família, justifica-se tal debate. Nesse contexto, me parece danosa a comparação entre gêneros, porque a correlação com o sexo apenas reforça o sentimento de enfrentamento entre a figura masculina e a feminina. Assim, repito: não se trata de melhor ou pior, menor ou maior, entre homens e mulheres. Eles são diferentes e cada um tem seu espaço, e que não exclui ou diminui o espaço do outro.

É preciso pensar diferente. A mulher não quer o lugar do homem e o homem não deve se sentir invadido em seu espaço. A mulher quer o lugar dela sem abrir mão do seu ser feminino, independentemente de sua orientação afetiva sexual. E assim, não quer que lhe seja negado tal direito, e acima de tudo, não pode negar-se esse direito deixando de lado o seu ser mais belo: o ser atraente, amável, sedutora, competente... Ser mulher.

Na força no batom, presente em quase todas as bolsas femininas, há uma verdade também presente no coração de cada mulher: temos a verdade do amor!!!

Feliz dia internacional da mulher!


Por: Karina Simões

@Psicronicidade

 

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