Photo
Redes sociais mudaram nossa forma de se relacionar

Não há como negar que a era digital trouxe profundas modificações no comportamento humano.

Grandes estudiosos, como o psicólogo Dr. Cristiano Nabuco (USP), têm se dedicado ao tema, e tornado compreensível que depois dos sites de relacionamentos e redes sociais, deixamos de ser as mesmas pessoas.

Explico: os hábitos cotidianos passaram a ser diferentes. Passamos a ter novas posturas no trato com os "amigos virtuais" e até vivenciar personalidades diferentes daquela apresentada no mundo real.

Essas novas personalidades ou comportamentos podem se manifestar do seguinte modo: quem se apresenta expansivo pode vir a se apresentar recatado, quem é tímido e introvertido se apresenta muitas vezes extrovertido e expansivo.

Vários transtornos, como por exemplo, fobia Social, transtorno depressivo, transtorno de ansiedade, transtorno de controle do impulso... podem se sobressair dessa nova conduta. Estudos mostram e chegam a responsabilizar desfazimentos de relações conjugais e apresentam grandes estatísticas de relacionamentos amorosos que surgiram a partir do uso das ferramentas eletrônicas.

Como tudo, os benefícios e malefícios do uso dos sites de relacionamentos não podem ser categorizados como diabólicos ou fantásticos, já que tudo precisa ser analisado a partir das repercussões geradas na subjetividade humana. A internet tem de tudo, e assim tudo serve para o bem ou para o mal. O que nunca se pode descuidar é a possibilidade de se fazer um mal uso pela falta de conhecimento responsável sobre a consequência da utilização.

Por outras palavras, é preciso tornar consciente ao usuário que ele está manipulando um instrumento preciso e de efeito significativo nas áreas mais sublimes do homem, o afeto, o hábito; enfim o jeito de ser e de viver.

Para tanto, não basta apenas saber operar as ferramentas, mas saber operar-se, ou seja, olhar para si e responder à básica pergunta que norteia o caminho de cada pessoa: é isso mesmo que eu quero para mim?

As redes sociais devem ser manipuladas e nunca o contrário, manipular nossas condutas e sentimentos, para que a vontade consciente seja o que nos faz acessar o link para a felicidade... com responsabilidade!

 

Disponível também em minha coluna UOL/Mulher: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher_redes_sociais.htm

Consciência moral e ética

 

Há dois significados para a consciência. O primeiro refere-se à “consciência psicológica”, ou seja, é aquele conhecimento que temos sobre nós mesmos, pois temos consciência de existir, de nossas lembranças e sentimentos. É a consciência que nós temos de estarmos vivos e compreendermos o que está ocorrendo ao nosso redor. Para o outro significado se dá o nome de “consciência moral”, isto é, aquela voz interior que nos orienta sobre o que devemos fazer em determinadas situações. A “consciência psicológica” nos possibilita escolher, e a “consciência moral” nos orienta na escolha.

Uma desmoralização da ideia de justiça gera um clima de desconfiança generalizada e leva a um incentivo a comportamentos desonestos. Infelizmente, esse comportamento de “levar vantagem” ainda está presente em um número considerável de pessoas. No entanto, tais pessoas não compreendem que essa “vantagem” é algo passageiro, pois no decorrer de suas vidas elas virão a perder algo muito mais importante. Assim, nos damos conta de que quanto mais conhecimento, amor, respeito, justiça, etc, se dão (conscientemente), mais se recebe. Quem pensa em tirar vantagem, sempre perde! A vida é cíclica... lei do retorno!

Ética não se ensina, não se define apenas como um termo a ser cumprido. Ética é o respeito, a cumplicidade, a responsabilidade, a postura tomada. Ela nos fornece conhecimentos para que nossa consciência crítica se desenvolva, ou seja, “uma reflexão sistemática sobre o comportamento moral”. Assumpção – um especialista em bioética - afirma que a ética começa no berço. Ela existe dentro de cada um de nós, é algo interior. E ele tem toda razão! O que compete à ética é o estudo da origem da moral, da distinção entre o comportamento moral e outras formas de agir, da liberdade e da responsabilidade. No entanto, a ética não diz o que deve e o que não deve ser feito, pois isso compete à moral.

As consequências da afirmação: “Eu crio a minha moral e o mundo que se dane”, que está bem frequente nos últimos anos e dias nos diálogos interpessoais, nos leva a crer em um lado individualista de ser do homem, onde ele nega as normas morais estabelecidas. No entanto, os seres individualistas não levam em consideração que o homem está inserido numa sociedade (quer ele queira ou não). O ser individualista não se permite enxergar que o homem não é um ser solitário, pois ele precisa da convivência com os outros, onde existem não só os direitos, mas também os deveres.

E o que falar sobre ética profissional? A “ética profissional” não se resume apenas ao sigilo. Ele faz parte sim de um conjunto de princípios observados no indivíduo no exercício de sua profissão. A ética profissional envolve o respeito, a postura profissional, a responsabilidade, a justiça que nós devemos ter não só com os outros, mas também com o nosso próprio EU.

Quando o indivíduo age sob uma coação interna, isto é, tendências patológicas ou doentias, que não possa resistir, a pessoa é eximida da responsabilidade moral, como por exemplo, um psicótico que mata alguém no momento de crise. Ou uma coação externa, ou seja, alguém forçado por uma ameaça ou revólver age de forma prejudicial a outra, o indivíduo também será eximido da responsabilidade moral. Mas isso daria um novo texto....porque aqui entrariam novas crenças a respeito de culpa, responsabilidades, e novos questionamentos, que a posteriori, venho transcrever.

Por: Karina Simões 

Instagram: @Karisimoes 

08 Março - O poder do batom



Sempre cabe “algo” a mais dentro da bolsa de uma mulher: carteira, bloquinhos, canetas, notebook, Ipad, maquiagens, remedinhos, cremes, etc. Isto não é diferente com o coração da mulher que, também, tem sua identidade traçada na expressão dos valores mais sublimes como a capacidade de amar e ser terna, na capacidade profissional, no desejo de sempre ficar mais bela, de ser reconhecida, valorizada e ser recompensada em seus investimentos afetivos. Nela sempre há lugar para “algo” a mais, ou alguém, além dela. Estaria o coração da mulher retratado em sua bolsa? Brincadeiras à parte, não há como negar que a mulher traz consigo a imensa virtude de cuidar de tantas coisas ao mesmo tempo e ter seus afetos direcionados para tantos objetos como para a realização pessoal e familiar.

Na bagunça da bolsa ou da sua cabeça há uma organização incrível onde tudo se acha quando se precisa, bastando apenas revirar o que em seu interior guarda e logo se tem à mão do que se necessita. Mas talvez, em tempos atuais, muitas mulheres estejam renunciando ao charme desse adereço ou de sua capacidade multifuncional, própria de sua essência feminina, para tornarem-se iguais na hora dos desafios no mundo de conquistas, ou melhor, tornarem-se menores em seus tamanhos, abdicando de virtudes e capacidades que as fazem um ser diferente.

Não é possível ser igual quando se é diferente e se mostrar sem sentido viver um enfrentamento para se conquistar um lugar que não é seu e nem deve pretendê-lo. Homens e mulheres trazem na alma marcas que tendem ao encontro e, nesse aspecto, se valem de atributos diferentes. O charme feminino está na sua imensa capacidade de amar, que se faz com ternura, gentilezas e afetos. Isso em nada diminui a sua condição de ser e, antes de parecer uma negação ou afirmação de inferioridade, tem a força de pô-la num lugar privilegiado em toda relação, em todos os seus empreendimentos e investimentos afetivos ou intelectuais.

Receio as consequências do discurso beligerante, posto num cenário de “guerra dos sexos”. Essa guerra nega a própria verdade do sexo que, sendo diferente, se ajusta e não pretende o mesmo lugar. Nem mesmo na competitividade do mercado de trabalho, que muitas vezes, interfere com a sua cultura de disputa nos espaços mais reservados como a família, justifica-se tal debate. Nesse contexto, me parece danosa a comparação entre gêneros, porque a correlação com o sexo apenas reforça o sentimento de enfrentamento entre a figura masculina e a feminina. Assim, repito: não se trata de melhor ou pior, menor ou maior, entre homens e mulheres. Eles são diferentes e cada um tem seu espaço, e que não exclui ou diminui o espaço do outro.

É preciso pensar diferente. A mulher não quer o lugar do homem e o homem não deve se sentir invadido em seu espaço. A mulher quer o lugar dela sem abrir mão do seu ser feminino, independentemente de sua orientação afetiva sexual. E assim, não quer que lhe seja negado tal direito, e acima de tudo, não pode negar-se esse direito deixando de lado o seu ser mais belo: o ser atraente, amável, sedutora, competente... Ser mulher.

Na força no batom, presente em quase todas as bolsas femininas, há uma verdade também presente no coração de cada mulher: temos a verdade do amor!!!

Feliz dia internacional da mulher!


Por: Karina Simões

@Psicronicidade

 

Agendar Consulta Fale conosco agora