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Diálogos de uma relação

Desenvolver uma dinâmica entre um casal, cujo cuidado seja pautado no zelo, é fundamental para se manter o equilíbrio psíquico a dois.
A forma de um falar com o outro pode acarretar falsas compreensões, tornando assim um discurso pesado e desgastante para a relação. Lembramos que quando se quer reivindicar algo acerca da relação, deve-se prestar atenção ao tom de voz e à forma de se falar com o parceiro. Pois as más colocações podem levar a distrair o foco do problema em questão que verdadeiramente se gostaria de debater. São as famosas brigas que começam por um motivo e terminam sendo centradas em outro. Ou seja, os casais se perdem no diálogo e nos argumentos e não sabem nem mais o porquê do início da discussão.
Uma comunicação destrutiva tende a sabotar o relacionamento sempre.
Outro ponto essencial entre diálogos de um casal são as críticas destrutivas constantes e a falta de tolerância para ouvir críticas construtivas. Quando o nível de tolerância entre o casal diminuir, fique alerta, uma vez que esse é um sinal de que os problemas podem começar a ser frequentes. Assim, rever esses sinais junto ao parceiro, tentando chegar a uma compreensão da causa dessa falta de paciência e da diminuição da tolerância, pode ser um caminho para a reconstrução a dois.
Ficar atento aos gestos corporais e expressões faciais também é importante para uma relação saudável. Isso implica ser congruente entre o sentimento e o comportamento. Agir de forma leal ao que se sente é imprescindível ao processo de construção e manutenção de uma relação.
Conseguir manter uma relação saudável é possível, mas requer cuidados diários, lealdade no sentimento, verdade no coração e empenho mútuo!
 

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A difícil arte de ser mãe

Deparo-me com a difícil arte de ser mãe, seguindo os passos do renomado psicanalista Winnicott que fala da teoria da “mãe suficientemente boa”, ao dizer que a mãe tem a missão de tornar o seu filho autônomo dando-lhe segurança e afeto. 
Parece evidente que todas as mães trazem o desejo de verem os seus filhos caminharem com suas próprias pernas, mas elas guardam em seus corações e práticas a vontade de tê-los sempre sob o seu cuidado e até domínio. Em outras palavras, as mães querem ver os filhos crescerem, porém, ao mesmo tempo, seu instinto de proteção e zelo se apresenta como barreira que impede seus filhos por si só de exercerem suas atividades.
Entre a responsabilidade, o medo e a necessidade de que os filhos se tornem autônomos, surge um espaço para um conflito no peito de cada mãe. Tudo acontece de forma gradativa, embora as mães sejam surpreendidas com atitudes de seus filhos ao darem evidentes sinais de que deixaram de ser a criança de antes. “Filho, eu não estou lhe conhecendo mais”, elas dizem.
O filho cresceu! Mas o fato é que o filho parece nunca crescer para uma mãe. E isso lhe traz um sofrimento que lhe consome e muita vez compromete até mesmo o seu sentido existencial. Muitas mães têm a dificuldade de olhar com lentes de liberdade para o filho, porque muitas vezes o termômetro materno parece ser sempre o do afeto, da proteção e do cuidar.
A literatura fala da síndrome do ninho vazio quando as mães se veem destituídas e não mais necessárias a desempenhar a antiga função materna, sendo, portanto, convidadas a exercê-la em outros termos. Isso se dá, por exemplo, no momento em que os filhos saem de casa e alçam voo para o crescimento e amadurecimento.
Já se disse que ser mãe é padecer no paraíso, e que sua sina é amar, cuidar e depois perder. Não há lógica que justifique e que torne compreensível essa dinâmica, onde se busca conscientemente viver um sentimento inigualável que estará sempre fadado a dores, mas que tem a sua recompensa em risos e renúncias que se fazem maiores do que tudo.
Ser mãe é uma missão árdua e prazerosa ao mesmo tempo. É sublime e insuportável (algumas vezes) numa questão de segundos. Por que não dizermos que ser mãe, muitas vezes, é fazer com que a mulher se sinta bipolar nos seus comportamentos afetivos? Mas, por ser mulher, o ser mãe tem dessas oscilações, pois será sempre um mistério o desvendar do coração feminino.
O maior desafio de ser mãe é favorecer o crescimento de seus filhos considerando o tempo deles e não o seu relógio afetivo; afinal, junto ao seu coração, nenhum filho deixará de ser criança, embora os seus olhos revelem que o menino de outrora se tornou homem, e que a menina se tornou mulher.

Por: Karina Simões @karisimoes

texto disponível em minha coluna UOL/mulher

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Má comunicação e disputas fomentam DRs

Relacionar-se é sempre um grande desafio. E esse caminho (desafio) deve ser trilhado continuamente numa via de mão dupla: esse é o primeiro passo nessa empreitada.

A disputa entre o par fomentada pela má comunicação, muitas vezes, são as causas principais de "DRs" em consultórios psicológicos.

Começar o ano com expectativas positivas de que o caminhar a dois será sempre uma estrada... um caminho lado a lado. A mulher pode usar de sua sensibilidade e retórica feminina para dar um upgrade quando surgir momentos espinhosos e assim contribuir com esses atributos para gerar bons resultados.

O velho jargão nos ensinava: "Gentileza gera gentileza". E é assim também que funciona na vida a dois. Quer afeto? Doe-se com afeto. Quer carinho? Tenha atitudes carinhosas. É sempre uma reciprocidade.

E nesse sentido que o grande mestre e filósofo francês Mearleau-Ponty (1908-1961) nos ensinou: "Somos um para o outro colaboradores numa perfeita reciprocidade. Nossas perspectivas fundem-se uma na outra e coexistimos através de um mundo em comum".

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