O beijo e o ato de amar

 

Passamos uma vida inteira em busca de explicações lógicas e razões exatas sobre o amor. E aí, a princípio, vem um beijo, e nos dá respostas. Ele  inebria, repentinamente, levando-nos ao êxtase de um momento único e de uma sensação inigualável de encantamento, proporcionando-nos leveza no coração aconchegado. Mostrando-nos, ainda, a lógica da subjetividade que ele é capaz de concretizar através de um sorriso percorrido pelos caminhos permitidos no qual a alma nos dá.


Pelos sinais do sentimento, nos deparamos com o beijo tirando, sublimemente, o véu do peito e mostrando-nos o amor que está escondido dentro de cada um de nós. Nesse caminho percorrido de leva e traz do coração, há o encontro dos lábios já apaixonados. E torna-se ponte e caminho ao mesmo tempo, e nele só se perde quem não se permitiu um dia experimentar o ato de amar.


Beijar é o ato mais íntimo e mais profundo que se pode alcançar entre duas pessoas. Quando o beijo entre elas se encaixa, podemos dizer que duas almas se encontraram e sorriram juntas. E um sorriso toca verdadeiramente um encontro dessas almas. Desperta muito mais que a curiosidade... Desperta, pois: a afetividade, a afinidade e a cumplicidade.


Sem o beijo não tem como existir uma relação amorosa verdadeira e plena. Sem ele não há cumplicidade entre o casal. O beijo vai além de uma mera união de lábios e bocas, caracterizando-se como uma junção simbólica ou não de almas, gostos e vontades. É a conexão mais íntima entre dois corpos, maior até que a própria relação sexual. Tão mais íntimo que não se consegue fingir. Consegue se fingir no sexo, mas não no beijo.  E não se esqueça: o beijo não muda ao longo da vida, o que muda é o sentimento envolvido nele.


O beijo nos propicia o ato de amar e nos envolve no que realmente somos sem máscaras. Certa vez li, em algum lugar, a frase e gravei em meu coração, como poucas coisas do “para sempre”: “No beijo as bocas se tatuam e os sorrisos se encontram”.


E assim eu senti, lendo ou provando, sentindo ou ouvindo... O beijo e o ato de amar.

Por: Karina Simões
@Psicronicidade
www.karinasimoes.com.br
 

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