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A mulher e a fé

Coração de mulher é um santuário onde habita, decisivamente, a sua fé. Não é coincidência perceber atitudes heroicas relatadas em textos sagrados ou narrativas jornalísticas em que a figura feminina age e reage com força sobrenatural aos desafios da vida.

As mulheres são capazes de arrebatar um filho da boca de um jacaré prestes a devorá-lo e manter-se de pé ao ver seu filho crucificado. Somente a fé pode justificar tamanha força e coragem. Será coincidência perceber em tempos cristãos a marcante participação das mulheres em comparação à dos homens? Mas, afinal, que força é essa que habita o coração da mulher?

De joelhos ao chão, uma mãe provoca reações inimagináveis de Deus. Com o coração no alto, uma mulher surpreende a capacidade humana.

O profundo mistério que sonda a sua fé revela um grande segredo: uma mulher é antes de tudo a sua própria fé. As bênçãos maternas escudam e protegem os filhos daquela que crê. As orações conjugais dão-lhe o discernimento e a sabedoria para a construção de sua felicidade compartilhada. Independentemente do credo religioso, a fé constitui e define um jeito delicado de proteção e conquista. Talvez, por isso, pode-sever em redes sociais a mulher falando tanto de sua fé.

Deus é amor, e a mulher é a prova de que ele existe!!! Eu creio!!!

Por: Karina Simões  - Psicóloga Clínica

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Hábitos de casais felizes

Mesmo não existindo fórmulas para a felicidade conjugal, é possível perceber hábitos que estão presentes em casais que se mostram satisfeitos e felizes com seus casamentos, de acordo com o que observamos em nossos consultórios de psicologia. Seguem algumas dicas:

1. Ter afinidades: o que faz um casal feliz é o que existe de sintonia entre eles. Contudo, é preciso preservar a individualidade de cada um.

2. Encontrar e estabelecer pontos de encontros entre o casal: a rotina é fundamental, embora se faça necessário que ela seja surpreendida, vez por outra, por novidades. Faça da sua rotina sua aliada na conjugalidade.

3. Eles não se tomam por "garantidos": uma coisa é saber que a pessoa amada estará ao seu lado nos bons e nos maus momentos, outra é deixar que o encanto e o romance desapareçam só porque os dois passaram a se considerar "garantidos". Deve ser uma eterna conquista, um desafio viver a dois!

4. Trocar olhares de encantos: a admiração é fundamental para que o amor seja sempre renovado. Procurar virtudes e qualidades na pessoa amada e exaltá-las individualmente e em público é imprescindível.

5. Conversar sobre o relacionamento: nunca falar fazendo com que o outro se sinta cobrado. Mas, procurar dizer do seu próprio sentimento de dor ou entristecimento. Fuja da reclamação em tom de acusação, e fale mais em como se sente.

6. Coloquem humor no amor: sorrir e fazer o outro sorrir são o ingrediente dos mais importantes numa relação. Um casal triste é um triste casal. Sorrir torna a relação leve. Pois a alegria é um santo remédio.

A dinâmica estabelecida pelo casal terá sempre o propósito de felicidade, mas o acerto para se fazer o que deve passa pela compreensão de que amar será sempre um desafio possível, mas é amando-se que damos o primeiro passo.

 

Por:
Fabiano Moura de Moura - psicólogo
Karina Simões - psicóloga

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Assédio Conjugal: uma outra visão

Existem várias formas de se expressar num relacionamento. Dizer algo para revelar um desejo não se limita à palavra pronunciada. Dizemos “sim” e dizemos “não”, dizemos “quero” e “não quero” de várias maneiras e, principalmente, com atitudes. Expressar-se nem sempre é fácil e, muitas vezes, manifestamos nossa vontade através de comportamentos e atitudes que estão falando para o outro o que é difícil de ser dito de forma oralizada.

Passamos a observar na prática clínica que muitos casais entram em sérios conflitos porque não sabem ou fazem a opção de não conversarem e, portanto, não tornam claros os seus desejos.

A declaração de amor que é intensa entre os novos casais, que movidos pelo fogo da paixão não economizam palavras para revelarem seus sentimentos, aos poucos vai  mudando a forma de ser apresentada. Pois, com o tempo, a dinâmica das relações muda, assim como os desejam mudam. Os gestos tornam-se mensageiros do afeto e o amor se revela em atitudes. A decodificação do sentimento é própria do coração, contudo, nem sempre o coração é um bom tradutor das palavras. Por vezes, se pensa estar amando e o outro não consegue sentir-se amado. Essa é a difícil arte de amar e de se sentir amado. Ruídos que interferem decisivamente no destino da relação quando não são cuidados a tempo.

Mas, em nossa prática de escuta, percebemos que muitos casais praticam o que estamos chamando de assédio conjugal, que se dá quando um dos cônjuges comunica-se com o outro por meio do desprezo, da falta de atenção, da falta de interesse, da desconsideração à vontade do outro e até a imposição de regras e cobranças que vão além do suportável, ou seja, além do limite do outro. Essa prática torna insustentável a convivência de modo que o cônjuge assediado, sufocado pela situação, toma a atitude de assumir a falência da relação.  A respeito disso uma pergunta se sobressai: seria compreensível que alguém insatisfeito com o casamento, ao invés de ter a coragem de decidir se separar, fizesse com que o outro viesse a pedir e, assim, responsabilizasse-o pelo ato da separação? Por que não pede logo a separação ao invés de tornar insuportável a relação até chegar a ponto de o outro dizer: “eu não aguento mais!”?

Vamos explicar esse fenômeno. Todas as vezes que escutamos um casal em crise, ouvimos sempre a preocupação de um transferir para o outro a culpa que gerou a dificuldade entre ambos. Um diz: “Nós estamos em crise porque ele (ou ela) fez isso”. O outro já diz: “Mas aconteceu isso porque você fez aquilo antes”. Isso se torna um círculo vicioso e será sempre impossível detectar a origem da crise.  Geralmente, torna-se um jogo de "pingue-pongue" entre o casal, onde um joga a "bola" da culpa para o outro. Para resumir, ninguém chega a qualquer lugar de concordância. O fato é que ninguém quer assumir a responsabilidade pelo resultado da separação. Tudo isso parece compreensível porque a sociedade ainda indaga os separados sobre o causador do evento: “Por que você se separou?” e isso soa como: “De quem foi a culpa?”.

Embora vivamos tempos diferentes dos de outrora, a carga de cobrança familiar e social e até de preconceito com quem é o causador da separação ainda é motivo de queixas e sofrimentos revelados constantemente no espaço terapêutico. Assumir perante um filho, por sua decisão, que está se separando do  pai ou mãe dele, ou dizer para os amigos comuns, pais, familiares e conhecidos sobre a dissolução do vínculo conjugal não é tarefa das mais fáceis. Considere-se, igualmente, que a autopunição por responsabilizar-se pelo “fracasso” conjugal é uma atitude das mais difíceis. O medo da consequência e do julgamento das pessoas, bem como o receio do desconhecido advindo pela separação, pode interferir num estado de preservação formal da relação até que se crie para o outro um universo avesso e insuportável de modo que o outro tome a decisão desejada por uma das partes anteriormente, mas preservada sob sigilo. 

Muitas pessoas se retraem no desejo que trazem no seu coração de se separarem por medo do que possa vir como julgamentos ou incertezas sobre o futuro, ou seja, de que o fim do relacionamento amoroso possa ser pior do que o sofrimento vivido na relação. Contudo,  por não estarem satisfeitas com a relação, tornam insuportável a convivência e, inconsciente ou conscientemente, levam o outro a “pedir para sair”.

O trabalho terapêutico bem fundamentado é aquele que leva cada pessoa a ter a autonomia de conhecer a verdade sobre si e sobre o seu relacionamento para que essa mesma pessoa possa ter compreensão do que pode ser feito na tentativa de resgatar a sua relação ou, de uma forma menos traumática, ajudar no processo de separação, evitando as consequências danosas do que aqui estamos chamando de assédio conjugal.

 

Por: Karina Simões @Karisimoes e Fabiano Moura de Moura @Fabianomdemoura

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Muitos me perguntam diariamente: qual é a receita do bom relacionamento?

Não há uma fórmula certa para que os relacionamentos funcionem e estejam sempre em alta, até porque o que pode funcionar para um casal, pode não funcionar para outro. Porém, alguns fatores são essenciais numa relação a dois: manter um ponto de encontro entre o casal, ou seja, é importante terem objetivos e sonhos em comum; o desejo deve ser "regado" e cuidado por ambas as partes, mantendo e ficando alerta sobre o zelo com a relação; e, abrir sempre o canal do diálogo para que não fiquem situações mal compreendidas e mal digeridas. Essas, com o tempo, minam o sentimento e a relação vai esfriando, deixando, muitas vezes, um abismo entre os dois.


Entre os erros e os problemas mais comuns nas relações, podemos citar: a falta de diálogo que impera como campeã; incompatibilidade de gostos, desejos e valores; pensamentos distintos na educação dos filhos; prioridades e metas diferentes; falta de sonhos em comum; falta de comprometimento com a relação; dificuldade financeira; descompasso no apetite sexual, entre outros.


Tenho visto na minha prática clínica um aumento significativo de casais em crise devido às redes sociais. Como tudo na vida, as redes sociais têm suas vantagens, mas também há desvantagens. E umas delas é o seu mau uso. Assim, as redes sociais fazem com que a possibilidade da traição aumente, pois os casais trazem para dentro de casa, no virtual, essa possibilidade real. Para que o casal se mantenha em redes sociais e também tenha um relacionamento saudável é necessário estabelecer, através do diálogo, algumas regras internas. Cada casal é responsável por criar essas regras. Porém, a confiança deve ser um ingrediente primordial e o pilar de sustentação. Se não houver confiança, nenhuma relação perdura.


Percebendo que a relação está entrando em crise ou esfriando, o melhor caminho é chamar para uma conversa aberta e sincera. O problema é que a maioria dos casais não se encontra pronta para o diálogo. E é nesse aspecto que eles se perdem. Conversar sobre os pontos que estão incomodando ambos, propicia uma um novo caminho a seguir. Os casais, primeiramente, necessitam aprender a conversar entre si. As famosas DRs são indispensáveis para uma longevidade conjugal. Na psicoterapia, e orientação de casais, que faço há quase 15 anos, ensinamos aos casais a manter um diálogo e a enfrentar as crises com mais respaldo emocional. Pois, no consultório, eles podem aprender a lidar melhor com os pensamentos disfuncionais e distorcidos que fazem com que eles se sintam mal compreendidos pelo cônjuge. Manter o respeito, a admiração e a cumplicidade é fundamental para o casal.


O que falar da traição? São várias as razões que levam um homem e uma mulher a trair. Podemos citar, como exemplo, o fato de relações que sobrevivem por conveniência, bem como a repetição de modelos de casamento que foram testemunhados na infância, e até mesmo realidades culturais, entre outros. Mas, esse é um tema que merece um texto à parte. Ressalto que o amor e a cumplicidade são a grande proteção para a fidelidade no casamento; já afirmava o poeta chileno Pablo Neruda:  "Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde, amo-te simplesmente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira."

Por: Karina Simões

Instagram: @Karisimoes

Você tem medo da solidão?

 

Por que a solidão causa tanto medo às pessoas? Será receio de poder viver o mais assustador de todos os encontros, quero dizer, encontrar-se consigo?

É na solidão onde podemos visitar tantos castelos construídos em nós e que foram habitados por sonhos, fantasias, desejos e depois abandonados para se fazerem moradas de tantos fantasmas que moram em nós. Solidão é o caminho que nos leva e nos coloca diante de verdades tão reveladoras que nos remetem a um receio de perder a segurança que temos em nós mesmos. O medo desse contato íntimo interior faz com que muitas pessoas se tornem ainda mais inseguras.

Não estamos falando em solidão que se apresenta como resultado de abandonos e despedidas daquele tipo em que o coração vai junto de quem nos abandonou ou deixou e nós ficamos sós com a matéria. Estamos nos referindo àquela solidão em que, mesmo em meio à multidão, conseguimos abstrair tudo para ter o olhar mais profundo e único sobre nossa alma. Reportamo-nos à solidão que independe de números. Daquela que se faz possível em meio a uma multidão, ou como disse Nelson Rodrigues, a mais benfazeja de todas, "a solidão a dois".

Cremos que a solidão é o endereço do encontro e o lugar onde as aparências não alcançam. Espaço em que podemos tocar as verdades mais profundas e enxergá-las florescer em autoafirmações de sentimentos que nos revelam e nos mostram intensamente nossa alma e quem somos.

É preciso não confundir solidão com o vazio que, muitas vezes, é entendido como ausência, como falta, hiato e distância que separa. Solidão é convite ao conhecimento e, portanto, oportunidade de profundas descobertas e revelações. É a partir do coração solitário que a vida se desenha em cores de desejo e se faz disponível ao encontro consigo e com o outro. É feliz quem sabe viver a conjugação do verbo amar na solidão do amar-se... sempre presente!!!

 

Por: Karina Simões

Instagram: @Karisimoes

 

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