Saudades... Um rebuliço na alma

Deveriam ensinar nas escolas e faculdades a nos relacionarmos melhor com alguns sentimentos… Reporto-me hoje à saudade.

Mas, as escolas e faculdades se importam, apenas, em informar e não em nos formar para vida. E aprender a administrar sentimentos é um desafio que transcende nossa alma. Parece, então, que só a “escola da vida” é que se importa em nos fazer aprender. Mas será mesmo que podemos aprender a lidar melhor com alguns sentimentos? Será mesmo que se nós tivéssemos tido aula, lá atrás nas nossas vidas, sobre o que é sentir saudade e o que a saudade representa para cada um de nós, saberíamos lidar melhor com o rebuliço que ela causa na alma? O que é saudade para você?

Ter saudade de um olhar, de um gesto de ternura ou de um cheiro, mesmo sem palavras para explicar é assim... Sente-se. A vida passa num instante, e vamos fotografando os momentos na mente e no coração nos clicks dos olhares apaixonados e dos momentos únicos vividos a dois. Porque um instante é muito pouco para sonhar. Amar não requer explicações. Porém, lembre-se: o amor sempre encontrará argumentos para existir, coexistir e sobreviver. E quem vai explicar a saudade que ela não deve vir à tona? Alguém ousa enfrentá-la? Alguém ousa não viver a saudade? Aconselho que não. Oriento que se jogue, que viva, sinta e se entregue à saudade de viver um sonho acordado de amar.

Saudades é olhar para você e perceber que o outro lhe trouxe de volta. É sentir que fomos reconstruídos onde antes havíamos apenas nos escondido. Saudades é encontrar sossego na alma mesmo pensando no outro, ausente. É chorar e rir ao mesmo tempo, mas permanecer num sonho acordado. É sonhar sem dormir. E num encanto de um olhar e de um encontro de vontades, o outro aparece e acalenta sua alma pela certeza que se sente que mesmo ausente se faz presente. É sentir o cheiro do outro mesmo longe. É viver os momentos vividos a dois, mesmo sozinho. E sorrir. É ver acender uma luz no coração e no olhar, trazendo de volta a certeza de estar inteiro. Saudades são reticências nas nossas vidas...

Como nos inebria Cecília Meireles: “De longe te hei de amar - da tranquila distância em que o amor é saudade e o desejo, constância”.

Por: Karina Simões
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