ENTREVISTA - REPORTAGEM - 30/08/2009

Terceira idade // Amor após os 60 anos

Pessoas que chegaram à terceira idade sentiram o gosto da paquera e do começo de relação a dois.
(Naíza Alves // Especial para O Norte)

Sentir um frio na barriga, sorrir sem motivo, dar e receber carinhos. Todo mundo concorda que namorar é bom demais. É uma infinidade de sensações que tomam nosso corpo e nos deixam mais felizes e até mais bonitos. Esse prazer de viver não é uma exclusividade dos jovens. Muitos idosos estão descobrindo que envelhecer não significa ficar parado em casa, cuidando dos netos e preocupados com a saúde. Por isso, pessoas que chegam a terceira idade também namoram.
A paixão tem mais a ver com a história de cada um, seus sentimentos, sua cultura e nada disso é determinado por regras, convenções sociais e muito menos pela idade. "Nossa sociedade rotula o perfil da terceira idade como incapa-z de exercer sua sexualidade plena, ainda que, independentemente disso, o desejo sexual se mantenha presente em todas as fases da vida", afirmou a psicóloga Karinna Simões, especialista em sexualidade humana. Ela explicou que os idosos tem que saber encarar o envelhecimento com maturidade e entender que apesar das mudanças físicas, a conquista da sexualidade pode ser bastante satisfatória. Francisco e Raquel Gonzalez, de 66 e 65 anos, respectivamente, e juntos há 41 anos, não são especialistas na teoria, mas sabem muito bem o que significa isso na prática. "Quando se tem 20 anos, em termos sexuais, é muito mais constante. Com 60, um pouco menos, mas sempre existe", disse Francisco. "A gente gosta muito de ir a bailes. Quando você volta é a mesma coisa. Como se os jovens fossem a uma balada, e quando saem, vão fazer alguma coisa, porque estão se conhecendo. Então é igual. Não perdeu aquele interesse", confessou o aposentado.Francisco e Raquel se conhecem há muito tempo e como não têm filhos, aproveitam para estar sempre juntos. "Somos muito companheiros um do outro, participamos muito da vida do outro. A gente procura tudo o que gosta de fazer e sai muito", diz Raquel. A psicóloga recomendou isso mesmo. "A atenção e a companhia são símbolos fundamentais no namoro. É nessa fase que a comunicação profunda e o cuidado de um para com o outro tem tanto valor quanto as relações íntimas", explicou Karinna. Mas a sorte de um grande amor não chega só na juventude. Conceição de Araújo só conheceu Seu Ferreira Lima aos 64 anos. Antes disso ela se ocupava apenas em cuidar dos irmãos e achava que não tinha tempo para namorar sério ou casar. Quando começou a participar de grupos da Melhor Idade, parecia já muito tarde para viver grandes paixões. "Foi numa festa da associação de idosos que ele me chamou para dançar. Eu disse: 'Eu não danço com homem! Meu pai nunca deixou'", lembrou Conceição. Pois no mesmo ano já estavam casados, dançando e se divertindo por aí. A educação rígida e zelosa do pai de Conceição, hoje com 78 anos e viúva de Seu Ferreira, não impediu que ela descobrisse o amor. "Muitas mulheres nessa fase da vida começam a pensar que não precisam mais de sexo ou de namorar, por exemplo. Isso ocorre devido a uma má educação sexual da época, com pouca informação", afirma a psicóloga. Os tabus e preconceitos devem ser ultrapassados mesmo porque a melhor parte de namorar na terceira idade é que faz muito bem para a saúde e para a vivência de cada uma das pessoas que se permitem. "Eu me senti mais segura", contou Conceição. Karinna Simões conta o que acontece. "Namorar diminui o nível de stress e até rejuvenesce. O sentimento de prazer tem um potencial transformador dentro do ser humano. O idoso que se permite viver essa fase, tem menos chance de desenvolver doenças, pois a sensação de bem estar perdura, deixando-o com um melhor potencial na sua imunidade", explicou.

Mais uma chance para Recomeçar… 2012

 

 

Estou aqui novamente, deleitando - me sobre meus escritos. Desta vez, não em um voo literalmente, mas em um voo psíquico, buscando perguntas e respostas, entre meus livros confidentes, meus pensamentos e a minha fé.


Penso que vivemos rodeados de sinais confusos, propensos a mudar com rapidez e de forma imprevisível, confundindo a percepção das pessoas fazendo-as tomar decisões inseguras, seja afetivamente ou profissionalmente.


A necessidade de vínculos afetivos é cada vez maior nas pessoas. No entanto, elas deixam nascer uma necessidade extrema do outro, que faz o "eu" se perder. Nenhuma das conexões que venham a preencher a lacuna deixada pelos vínculos ausentes tem, contudo, a garantia da permanência. Ou seja, os vínculos que fazemos no decorrer de nossas vidas, podem ser mutáveis, e não são garantia de um "para sempre".


Lembro - me que outro dia lia sobre relações humanas, e deparei - me com uma comparação dos relacionamentos com a vitamina C. Isso mesmo !!! A vitamina C. É benéfica para nosso organismo e nosso equilíbrio fisiológico, mas em altas doses, provoca náuseas, diarreia e problemas renais. Assim como as vitaminas ou remédios, as relações afetivas precisam ser diluídas em doses. Talvez, para serem consumidas e digeridas com mais fluidez. Assim, não nos provocam reações adversas.


Chegamos ao final de mais um ano. E hoje, temos novamente uma chance de recomeçarmos, e fazermos um novo final. Na verdade, a vida nos proporciona fazermos até um novo começo. Novas escolhas, novas metas, novos propósitos e novas crenças!


Começe hoje!


Decida hoje suas novas metas, e faça a diferença em 2012 para você mesmo. Só podemos fazer diferença na vida de alguém ou amar verdadeiramente alguém, quando primeiro, fizermos isso por nós mesmos. Assim, não se deixe perder nesse Ano que recomeça. Encontre-se...
2012 já chegou... Está em nossas mãos: PAZ!

 

Por: Karina Simões

Data: sábado, 31 de dezembro de 2011

DIA DAS MÃES?... E PRECISA DE DIA?

 

Sempre achei muito curioso ter um dia pra cada coisa. Desde pequena, me questionava o porquê de um dia pra mãe, dia do pai, dia da criança, etc... Mas sempre perguntava cadê o dia dos filhos depois que crescem? AHAHAH! Já era esperta heim desde pequenina rsrsr!

E com o tempo fui entendendo que datas comemorativas são apenas convenções criadas pela sociedade diante do consumismo, da nossa sociedade imediatista na verdade. Mas também aprendi a ver tais datas pelo lado positivo, pelo lado encantador, ou seja, o lado da agregação, do perdão, dos dias reflexivos onde todos nós precisamos – parece – de estímulos pra podermos agir e dizermos que amamos alguém, pedirmos perdão, fazer uma ligação pra alguém distante etc. Porque aprendi com o tempo que todos os dias é o dia da mãe, do pai, da criança, dos filhos, etc...

Todos os dias é dia de sermos felizes! É uma questão de escolha... Decida ser feliz, decida fazer de todos os dias o dia da Mãe!

Mãe é algo especial de verdade nas nossas vidas! Parece-me algo insubstituível. É aquela que nos cria, e não necessariamente a que nos gerou biologicamente.

É tão mágico que ela sente quando nós também sentimos, ela chora quando nós também choramos, ela se envaidece quando ganhamos algum prêmio, e tem raiva quando não seguimos as suas orientações – que, diga-se de passagem – quase sempre elas têm razão! Rsrsrs!
E isso tudo de graça! Incondicional! Creio que é o único SER que nada cobra pra nos fazer feliz! Mãe é GRAÇA DIVINA! Mãe é VIDA! Mãe é PAIXÃO que nunca acaba, é AMOR INCONDICIONAL. É o SER mais BELO que DEUS pôde criar!

A Mãe ao receber a benção de sua vida (filhos)...Decide naquele instante entregar a sua em troca. Quando luta pelo sucesso dos filhos, ela se esquece de seus anseios, de seus desejos e passa a viver o desejo do filho como se fosso o seu. Quando um filho recebe uma vitória, ela esquece o quanto o mérito também é seu. E muitas vezes, nós os filhos, não lembramos que foi por ela que conquistamos.
Às Mães que ao receberem injustiças dos filhos, respondem sempre com seu amor... E que, ao relembrar o passado, só tem um pedido: DEUS PROTEJA MEUS FILHOS!

Fica aqui minha homenagem a todas a MÃES, especialmente – Claro – a minha, que tanto é exemplo de coragem e força pra outros, como pra todos que a conhecem! Ela é "hors concours" das mães! Você merece parabéns todos os dias!

"Mãe...São três letras apenas
As desse nome bendito:Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito
Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!"
Mário Quintana

Malabaristas da vida

 

 

Após assistir ao filme - Não sei como ela consegue -  com a simpática e moderna Sarah J. Parker, a princípio, "água com açúcar", e sem nenhuma pretenção de inspiração.... Eis que me surge uma enorme identificação com o enredo. E as palavras "escoam entre meus dedos" (risos).


Kate, interpretada por S. Parker, é uma típica mulher moderna que dá conta de manter um bom emprego fora de casa, educar dois filhos, cuidar do marido e estar sempre linda. Mas ela vive num dilema interno e um conflito sinuoso, entre ser uma SUPER PROFISSIONAL e uma SUPER MÃE / ESPOSA, ou seja, uma disputa íntima entre ela e ela mesma.


Não é fácil ser uma profissional de responsabilidade, reconhecida no mercado, com futuro (e presente) promissores e ainda manter-se bem humorada, bem vista, cheia de vontade e disposição para a família e a casa. Essa dupla, tripla, ou sei lá, quádrupla jornada feminina é uma briga interior, talvez, sem fim. Pois, alcançamos posições sociais no mercado de trabalho e na vida, que hoje a própria sociedade e nós mesmas, temos que nos reestruturarmos com essa nova idéia conquistada.


Nossas próprias crenças precisam ser modificadas, para podermos ainda conseguir dosar e achar o equilíbrio certo entre ser uma mãe zelosa e presente, e uma profissional competende e reconhecida.


Depois de muito tempo, Hollywodd consegue mostrar, aos poucos, filmes com uma tenacidade real e aspirações  possíveis para nosso dia a dia. Simples e real.


A essência do filme tenta nos mostrar o quanto nós mulheres, somos "malabaristas da vida".


Somos nós, essas mulheres, malabaristas, que conseguimos dá conta do trabalho com eficácia, responsabilidade e sucesso, assim como, dá conta da casa, família e filhos. Conseguimos otimizar nosso tempo e fazê-lo render. Conseguimos dizer NÃO e dizer SIM, do profissional ao familiar, quando necessário.


Somos realmente MALABARISTAS da vida!

 

Por: Karina Simões

Data: segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Divagações num novo voo SP - JPA (parte II)

 

 

Voltando para casa (Voo de São Paulo / SP a João Pessoa / PB)


- Já perceberam as instruções da aeromoça durante um voo?! Somos orientados a colocar primeiro nossas máscaras de oxigênio para depois ajudar aos outros a colocarem também, caso necessário. Pois, só assim teríamos condições de ajudar. É exatamente isso que se aplica ao AMOR. Primeiro cuidemos de nós, pois se somos metades ou se somos um "quebra cabeça desmontado" não podemos construir uma bela figura. Quando inteiros... Podemos cuidar do outro, e permitir que o outro cuide de nós. Há uma troca!


Existem alguns monstros emocionais que tendem a ameaçar os relacionamentos entre os casais. Alguns deles podemos citar:

 

1. A sensação fixa de que se necessita viver apaixonado;
2. A competição gerada com o parceiro (a);
3. A falta de sonhos, metas e projetos em comuns;
4. Problemas de relacionamento com a família do cônjuge;
5. A incompatibilidade de valores, crenças e gostos;
6. A rotina tornar-se um problema.

 

O que fazer numa hora dessas? Trocar de parceiro (a)?

Se você continua com as mesmas crenças e pensamentos disfuncionais sobre o relacionamento a dois, nada mudará. Mesmo trocando de parceiro (a)... Tudo tornará a acontecer. E você ficará preso num ciclo cansativo e enfadonho. O diferencial das relações longas e saudáveis é a flexibilidade em quebrar paradigmas antigos sobre o relacionar-se e reinventar a vida a dois.


O mito de que duas pessoas são metades, almas gêmeas e que se completam... Acaba tornando inevitável não mais saber onde se termina o "eu" e onde começa o "nós" em uma vivência amorosa. Descobrir o “time” certo do limite do outro e do seu limite próprio é fundamental. Respeitando um espaço individual – casal, que há, não podemos negar, mas que se perdem ao nos tornarmos dois.


Trato de casais e relacionamentos há mais de 10 anos, e sempre costumo falar das relações em consultório, palestras, aulas ou em programa de Tv - rádio, traçando uma analogia do casamento com uma empresa. Ou seja, o casamento é uma grande multinacional. Uma grande empresa que, às vezes, decreta falência. Nesse caso, muitas empresas fecham as portas. Ou acontece de serem vendidas e os funcionários remanejados, muda-se tudo internamente.  O quadro funcional, regras internas, funções, modelagem, roupagem etc. E ela volta a funcionar a todo vapor, às vezes, melhor que nunca! Casamento pode ser assim também. Melhor que antes! Remodela-se.  Reconstrói-se. Reestrutura-se.


No entanto, um cuidado e um feedback fundamental: Não deixe de ser quem você é. Reconstruímos um alicerce, e não renunciamos a um cargo próprio de sermos quem nós somos na essência. Já disse certa vez em outro post que não considero que exista uma medida certa ou exata para o amor, muito menos que a medida do amor seja o quanto estou disposto a me sacrificar por alguém, e sim o quanto estou disposto a desenvolver minha autonomia.


Lembre-se dos pilares de uma relação saudável: amor, admiração e confiança. Pode-se perder um deles, mas vocês apenas SOBREVIVERÃO e NÃO VIVERÃO plenamente.

 

Por: Karina Simões

Data: domingo, 4 de dezembro de 2011

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