Domingo de decisões

 

O domingo, para muitas pessoas, é um dia angustiante e deprimente. Para mim, é um dia de benção. Dia em que celebro ao meu Deus e agradeço pela semana que se passou e a que está por vir. Dia que saio com a família reunida para um almoço fraterno e divertido. Dia que curto meu filhote na mais profunda intimidade do meu lar. Domingo, para mim, representa uma paz interior tremenda, uma certeza de dever cumprido e uma esperança de uma semana cheia de vitórias que virão.


Hoje ouvi, na igreja, uma pregação sobre "decisões". Refleti...


Nossa vida é feita de decisões, diariamente. E Deus age quando permitimos isso, mas somos responsáveis mutuamente pelas condições do caminho e atitudes diante do agir de Deus.


Muitos se questionam como saber se é de Deus uma decisão. Eu afirmo a mim mesma e aos outros:


"- Sabemos que uma decisão é de Deus quando nos aquietamos diante de um impasse, e ele deixa de ser dúvida. Quando sentimos paz após decidirmos e o nosso coração se acalma."


O que você tem adiado decidir? O que você não consegue levar adiante? Decida! Hoje! Começe! Aja!


Não espere por novas promessas no dia 1º de janeiro, faça-as agora.

Atitude... Empenho... Decisão!


Precisa perdoar alguém e está adiando? Necessita ser perdoado? Façamos e tomemos essa decisão hoje! Permitir que o perdão se instale é promover a liberdade de sua alma.  Não adie mais, não "pague" à prestação sua felicidade quando Deus lhe dá oportunidade de ser à vista!


Não fique preso a erros do passado, e com isso adiando decisões fundamentais para sua evolução. Siga em frente... Decida!  Perserve e siga.... Ficar preso ao passado jamais nos fará evoluir e enxergar as NOVAS ações que Deus tem para nós.

 

Por: Karina Simões

Data: domingo, 13 de novembro de 2011

Injustiça do viver ou justiça do morrer? Ou seria o contrário?

 

Conscientemente, consigo falar sobre a morte e o morrer, com teorias que me deixam segura e previamente preparada para esta transformação evolutiva. No entanto, após passar recentemente por uma perda na família... E presenciar uma mãe ao lado do corpo de sua filha, implorando-a para levantar dali (do caixão), implorando-a para acordar.... Minhas pernas tremeram, meu coração palpitou e eu pensei: "- Ninguém está suficientemente preparado para a morte. Principlamente eu, uma mãe."


Mesmo após ter escutado todas as belas palavras do jovem e sábio Padre presente, nos acalentando sobre nossa missão terrena, e metas a cumprir nesta terra, saí daquele velório, a princípio, com uma sensação de injustiça. Injustiça pela vida de uma linda jovem, injustiça pela vida do meu primo Fabinho, agora viúvo tendo que lidar com uma dor profunda que só ele sabe o quanto dói. Injustiça com a vida.... Mas o que mais me tocou, foi a injustiça da dor de uma mãe enterrar sua filha. Meu Deus, derramei lágrimas e supliquei pra minimizar a dor daquela mãe. Uma dor irreparável. Uma dor, que ninguém jamais irá confortá-la. Jamais alguém substituirá aquele buraco afetivo que pertencia apenas a Aninha para sua mãe.


Fiquei a sexta feira inteira, refletindo como nós não estamos prontos, para lidar com o morrer e com o perder. Questionei-me sobre o que é a vida, e quem  define o tempo diferenciado que temos aqui? Sai dalí, indignada, e pedindo perdão a Deus por meus questionamentos de fé. Deveríamos, nós mães, jamais enterrar nossos filhos.  "- Mas Maria foi exemplo.... E viu Jesus morrer!" (Pensei).


E aí me veio a lembrança Rubem Alves  e Quintana, e acalmei meu coração: "Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora..."

Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento. (Eclesiastes 9:2)

E aí compreendi: "Aquilo que o coração ama, fica eterno." (R. Alves)

 

Por: Karina Simões

Data: domingo, 30 de outubro de 2011

O tema da vez: Casamento novamente!

 

Sou sempre muito mal interpretada entre amigas e rodas de colegas quando falo sobre relacionamentos afetivos. E muito mais alvo de críticas quando me refiro a casamentos e regras internas de cada um. Pois, creio muito na instituição casamento, creio no relacionamento a dois, e o meu casamento existindo hoje ou não, um dia, eu continuarei a crer no casamento.

O que devemos tentar mudar nessa instituição para que ela venha a dar certo, são as regras do funcionamento dessa relação. E não existe uma receita pronta. O que existe são experiências vividas e a partir daí faremos nossas próprias regras internas. O difícil é sabermos abrir mão de nossas antigas crenças, muitas vezes irracionais sobre o viver e conviver a dois.

Outro dia, escrevi sobre casamento e me referi a ele como uma empresa, lembram? Pois então, é isso. E quando uma empresa decreta a falência ela está fadada a nunca mais funcionar? Não mesmo! Vem outro sócio(a) ou até mesmo o mesmo e reergue a empresa, porém, mudando o quadro funcional, as regras, modificando paredes e estruturas. Nos relacionamentos afetivos também funciona assim.

Porque não casar várias vezes com a mesma pessoa? Porque não casar novamente com outra pessoa? Ou porque não mudar as regras, repensar, distanciar-se e novamente enamorar-se.... Porque não com a mesma pessoa durante anos, com intervalos ou não? O problema é que não temos a educação social para isso, achamos que o distanciar-se da pessoa amada é a própria morte, a instabilidade das relações nos deixa também frágeis nas outras áreas de nossas vidas. Devemos aprender a viver na instabilidade emocional também. Pois, a estabilidade afetiva é a morte da própria relação! Nada é estável.
O bom é construir um sentimento a dois ao longo da relação. O tempo é mero detalhe. Com a mesma pessoa ou com novas pessoas, o importante é acreditar no amor e no amar!!!

Por: Karina Simões

 


Data: segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Relacionar-se ... Eu e o outro

 

Relacionar-se dia a dia com as pessoas é extremamente difícil pois somos todos muito diferentes, com culturas, gostos, crenças, ideais e sonhos diferenciados, e poucos sabem lidar com a diferença, fácil é aceitar a semelhança.

Mas o fácil será sempre o melhor caminho? Porque as grandes vitórias são atingidas após enfrentamentos e obstáculos superados e percorridos?

Relaciornar-se é uma arte, e relacionamento entre casais - indiferente do gênero, ok?  Assim, tem que ser mais que uma arte, precisa ser missão! Necessita de COMPROMETIMENTO a dois, TOLERÂNCIA, PACIÊNCIA, RENÚNCIA, AMOR CONSTRUÍDO, SONHOS EM COMUM, BOM HUMOR e ACEITAÇÃO DO OUTRO.

Isso tudo é extremamente difícil de se alcançar nos primeiros anos de convivência porém, se tivermos VONTADE de aprender todos os adjetivos acima citados, podemos sim termos uma relação feliz e saudável. Não existem regras, não existem receitas, não viemos ao mundo com manual de instrução, as regras e receitas são individuais de cada casal! Nós fazemos nossas próprias regras entendem?

Porque as pessoas dessistem tão fácil dessa missão de conviver? Quando na verdade, o que elas mais querem e desejam....é se relacionar... Estar junto, amar...mas não sabem como! E se perdem dentro de uma mesma casa!

Não desista de sua missão!

Por: Karina Simões

 

Data: terça-feira, 7 de dezembro de 2010

LIQUIDEZ DAS RELAÇÕES

 

Trabalho com o relacionamento humano, diariamente, e percebo a fragilidade dos vínculos afetivos que nós encontramos hoje, ou seja, a liquidez das relações, como diria o sociólogo Zygmunt Bauman. Vivemos numa sociedade que inspira o sentimento de insegurança e desejos conflitantes de estreitar os laços afetivos e ao mesmo tempo manter-se longe, frouxo, distantes desses. Temos medo de nos aproximar, de nos apegarmos a alguém e sofrer por este sentimento que na verdade é tão nobre: O AMOR! Pois, quando nos permitimos a uma entrega emocional, recebemos em troca um crescimento espiritual e uma sensação de completitude na alma. Não porque somos “uma só carne”, mas porque somos dois inteiros.

Todo relacionamento é ao mesmo tempo sonho e pesadelo, preto e branco, perto e longe. Ou seja, há uma oscilação de sentimentos, de humores entre almas, de sensações incompreensíveis, que coabitam entre si. E se, não estivermos sempre numa preparação mútua, isto é, nos considerando eternos aprendizes desta “escola do relacionar-se”, vamos nos deparar com grandes decepções. Porque a vida gira em torno dos relacionamentos, que apesar dos riscos óbvios que encontramos, é uma obra-prima que vale a pena se apreciar, e aprender dia a dia a enxergar melhor essa arte.

Frustramo-nos não com os relacionamentos em si, mas com o que esperamos deles. Depositamos expectativas e sonhos que, por vezes, não são nem compartilhados com o outro, e mesmo assim somos humanamente capazes de imaginar ou esperar que esse outro nos complete. Uma quimera, um erro, uma ilusão! Pois, todo relacionamento gerado e firmado em torno de expectativas será regado de decepções e fracassos. Porque nossas ações tendem a se concentrar nas satisfações que esperamos obter das relações. Quando na realidade, a essência quer nos mostrar o quanto nossas relações não têm sido plenas e verdadeiramente satisfatórias.

Falar em relacionamento nos reporta a falar de sentimentos. E sobre o ato de amar, Platão falava muito bem. Ele revelava que não devemos ansiar por coisas prontas e completas ao nos relacionarmos e amarmos alguém, mas devemos encontrar no amor o estímulo à participar da criação das coisas. Erich Fromm completa essa assertiva afirmando que em “uma cultura na qual são raras essas qualidades, atingir a capacidade de amar será sempre, necessariamente, uma rara conquista”. O amor trava uma batalha consigo mesmo, a fim de suprimir ou matar as incertezas que o rodeiam. Porém nunca terá confiança suficiente para acalmar a ansiedade, pois é baseado num presente instável e um futuro incerto, inescrutável.  Mas Fromm também completava ressaltando que ter esperanças é uma condição essencial de ser humano.

Uma das mais assustadoras fragilidades do amor é a sua recusa em aceitar ou suportar com leveza a vulnerabilidade. É um sentimento árduo e cruel para quem ama se permitir viver uma suposta dualidade emocional, pois agimos como se pudéssemos acorrentar um nômade. Sobreviver à dualidade. Eis a grande conquista e o grande mistério do amor. A estabilidade total é a morte de um relacionamento!

Por: Karina Simões

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