Ansiedade: quando ela vira doença?

As pressões, as cobranças e o nosso dia a dia transformam a ansiedade em uma doença. Um sentimento de apreensão desagradável, acompanhado de sensações físicas como: vazio no estômago, sensação de aperto no peito, taquicardia, sudorese, cefaleias e falta de ar caracterizam um quadro de ansiedade elevada.

Mas a ansiedade também é benéfica para nós. Ela é um sinal de alerta, que nos adverte sobre perigos e nos capacita para enfrentamentos de ameaças. Ficar atento aos sinais e sintomas que ela expõe é o melhor caminho para reconhecer o limiar entre o saudável e o patológico. O psiquiatra Dr. Tito Paes Barros do HC da USP, diz que a “ansiedade interfere na percepção que a pessoa tem das mudanças no funcionamento do próprio corpo”.

De acordo com pesquisas feitas (USP), estima-se que uma em quatro pessoas não consiga se desvencilhar do problema e sofra dos efeitos físicos e emocionais da ansiedade. Pessoas ansiosas vão cinco vezes mais a médicos do que os que não sofrem prejuízos com os sintomas da ansiedade. Segundo, ainda, esta pesquisa da USP: 20% das pessoas que vivem em São Paulo convivem com os sintomas ou tiveram algum transtorno de ansiedade. Durante o estágio da ansiedade crônica, o organismo fica em estado de alerta e aumenta a produção de substâncias como a adrenalina. Muitos “supostos” infartos são na verdade ataques de pânico – crises de ansiedade.

O primeiro passo para enfrentar a ansiedade é reconhecer e assumir os sintomas. Em seguida, questione-se: Você já teve prejuízos em algum campo ou momento da vida por causa da ansiedade?
Caso você já tenha sofrido prejuízos em várias áreas do seu funcionamento global, agilize a procura de um profissional capacitado – psicólogo e psiquiatra, para uma melhor avaliação do quadro ansioso. A prática de atividades físicas, pilates ou ioga, ajuda e auxilia demais na evolução do tratamento dos transtornos de ansiedade.

Tratamento: Psicoterapia cognitiva comportamental com técnicas específicas para remissão e controle dos sintomas, associado em muitos casos de psicofarmacologia orientado por um psiquiatra.

Segue abaixo, um breve esclarecimento sobre alguns transtornos de ansiedade para nosso conhecimento:

1. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): Uma preocupação excessiva com fatos da vida. Irritabilidade, dificuldade de concentração, fadiga, insônia e dores de cabeça.

2. Transtorno de Pânico: Episódios súbitos e intensos de medos infundados aparentemente. Taquicardia, sudorese, cólica, tonturas, sentimento de morte iminente.

3. Fobia Social: Ansiedade e medo juntos, sem razão aparente, nas quais a pessoa acredita que está sendo observada e julgada. Rubor facial, sudorese, tremores, tensão muscular, confusão mental, taquicardia e mãos frias.

4. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): A pessoa deverá ter presenciado ou passado por eventos estressores traumáticos, que acarretaram prejuízos no funcionamento global. Lembra e revive constantemente dos fatos estressantes. Sonha constantemente com o evento, comportamento de sobressaltos, estado de alerta, desenvolvendo, consequentemente, comportamentos destrutivos: beber demais, fumar etc.

5. Fobia Específica: Um medo irracional de um objeto ou situação em que há pouco perigo imediato. Medo de lugar fechado, de elevador, de avião… Há sudorese, taquicardia e dificuldade em respirar.

6. TOC: Presença constante de pensamentos obsessivos e juntamente com a necessidade de realizar alguns rituais para suavizar a ansiedade aparente. Rituais obsessivos de pensamentos intrusivos que podem variar de conteúdo e intensidades. Há sofrimento mental intenso e sintomas físicos também.

Você sente algo parecido com o que foi mencionado acima? Então, procure um profissional capacitado para uma melhor avaliação.

 

Por: Karina Simões @Psicronicidade

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