Photo
Janeiro Branco

A mente humana define quem somos e como vivemos e a ciência mostra que podemos ter uma vida bem melhor se soubermos cuidar da nossa história, dos nossos pensamentos, das nossas emoções... Janeiro Branco é um movimento de conscientização e enfrentamento ao preconceito. Vive melhor quem sabe cuidar de sua mente, de seus relacionamentos, de seus projetos de vida etc., ou seja, da sua saúde mental. Faça uma experiência. Procure o seu psicólogo e saiba, você mesmo, o que por uma psicoterapia você é capaz de sentir.
#janeirobranco #psicologo #psicologia #saudemental #façaterapia #procureumpsicologo #psicologiaclinica #comportamento #psicoterapia #psicologiaporamor  #qualidadedevida #fabianomourapsicologo #karinamourademourapsicologa

Photo
Você não merece o que tem?

Li recentemente em uma reportagem que mulheres bem sucedidas e poderosas sentem-se como “impostoras”, a exemplo da atriz americana Jodie Foster, que já ganhou duas estatuetas do Oscar. Segundo a matéria a atriz afirma sentir uma sensação de fraude, como se não merecesse os reconhecimentos e premiações por ela alcançadas.

Ao analisar essa fala pude perceber que em várias oportunidades ouvi relatos, em minha clínica, de pessoas que tinham a mesma impressão e pude perceber que se trata de pessoas com o mesmo perfil de sucesso, empenho e angústia.

Essas pessoas, como a atriz, têm constantes pensamentos de que podem perder tudo a qualquer momento, diante da crença de que não merecidamente conquistaram algo. Em meus estudos e análises dos fatos pude perceber traços coincidentes nos vários casos que estudei e acompanhei. Com efeito, percebi traços de personalidades que se impunham obrigatoriedades e empenho excessivos para se alcançar a meta que se situavam bem próxima da perfeição ou do quase impossível. Imagino que o sonho foi construído com a concepção de uma distância quase inalcançável. Por outras palavras, a pessoa acredita que jamais será possível alcançar o que se pretende e mesmo se imprimindo um ritmo e exigência sobre-humano, guardam a ideia de ser inalcançável a meta, mesmo sem dela desistir.

É nessa ambivalência entre a descrença de se chegar ao lugar pretendido e a imposição de permanecer no esforço para conquistá-lo que se estabelece a realidade psicológica de sofrimento. Nestas condições, o sujeito mesmo alcançando o seu objetivo, continua a imaginar que não teria condições de atingir o que sonhou e assim julga que tudo não passa de uma “farsa”. É justamente diante desta realidade que surge a insegurança e com ela a angústia e até mesmo a ansiedade com o medo de perder o que conquistou.

O mundo competitivo que submete tantas pessoas a provas que não permite grandes erros como certos concursos públicos ou mesmo uma vaga em universidades em cursos de elevadas concorrência, sujeitam os candidatos a um esforço e dedicação desumanos. Estes passam anos estudando por até 15 horas diárias, e quando obtém êxito, muitos deles entram em crises, imaginando ter sido uma farsa ou mesmo com o medo de perderem o que com o seu esforço conquistaram. A fantasia de serem “impostores” precisa ser desfeita e o trabalho psicoterápico tem como desafio o trabalho com os pensamentos causadores desse sofrimento até a reformulação da crença de incapacidade.Daí se dá a importância e relevância de um acompanhamento psicológico para se desfazer essas crenças disfuncionais.

Tudo isso me leva a um conceito que precisa ser melhorrefletido nos tempos atuais: não basta alcançar o que tanto se deseja, pois muito além de uma conquista está o modo como se conquistou. Não adianta chegar apenas, mas fundamentalmente é preciso cuidar do modo como se chega. Fica a dica para quem sonha alto e se impõe a exercícios que vão além de seus limites. E para aqueles que sofrem com esses pensamentos de serem “impostores”, fica o convite para que procurem o quanto antes um psicólogo que o ajudem a se livrarem desse sofrimento. A descoberta de seu merecimento e a compreensão de todo o esforço dedicado será um caminho seguro para o entendimento e o sentimento de que: “você fez por merecer”!


Por: Karina Simões Moura de Moura

Photo
O que podemos aprender com a morte trágica e prematura de Domingos Montagner?

Disse certa vez o compositor Renato Russo que há muito também nos deixou: “... os bons morrem jovens”.
Por quê? Perguntamo-nos o porquê sempre diante da morte e da finitude da vida.
Perdemos recentemente o ator Domingos Montagner, mas parece mesmo que todos nós perdemos juntos um pouco de nós mesmos, com esse contato de tão longe e tão perto ao mesmo tempo, sobre a morte e o morrer. Esse tema da finitude nos amedronta, nos fascina, nos aproxima do outro, bem como nos distancia literalmente, pois nos incapacita de mantermos o toque, o olhar, a escuta... E é nessa hora que o coração aperta, e a angústia nasce. 
Pensamos que podemos ter o controle de nossa vida. Fazemos planos. Escrevemos metas. Guardamos dinheiro para alguma viagem, por exemplo. E aí, algumas vezes, somos pegos de surpresa pela visita inesperada do “fim” entre nosso começo e meio da vida.
Durante toda a semana, percebi uma comoção diante de tal perda tanto em meus atendimentos clínicos quanto pelas redes sociais. O Domingos representava para muitos brasileiros “o cara do bem”, o homem honesto, o verdadeiro, o palhaço, o ator que começou de baixo, era terno e afetivo, o cara de família. Enfim, ele se tornou o referencial do bem na mídia brasileira. E com isso, todos nós sofremos juntos com a perda do bem contra o mal. Porque parece, muitas vezes, que a morte é o “mal” e, então, se trava uma briga com o bem. Revoltamo-nos quando, a princípio, parece que o mal venceu. Mas nem sempre é assim. Encarar a morte como uma passagem nos acalenta transitoriamente, mas a dor para muitos parece não passar. Entender que a morte não é um castigo. Ela vem, simplesmente vem. Ela chega, simplesmente chega, sem avisar, num mistério divino ou numa expectativa inesperada. Pois, por mais que esperemos a “dona morte” chegar em alguns casos, mesmo assim, ela parece nunca ser esperada, tampouco bem-vinda. 
A correnteza do rio o levou, mas todos os dias lidamos com correntezas na nossa vida. E o grande segredo é mantermos o equilíbrio da canoa da vida nessas correntezas. Essa canoa? Ela é feita de nossas emoções e experiências vividas e acumuladas. 
O tempo de todos nós urge. É hora de pensar, falar e praticar o que realmente importa: o bem! Olhar mais pra dentro de si e aprender também a silenciar quando necessário. Pensar antes de falar em alguns momentos e aquietar a mente e o coração, a alma e o corpo. Não somos nada! Títulos ou bens materiais, arrogância e altivez..., pois, no momento da finitude, tudo perde o sentido... Ou encontra-se o sentido? Esse episódio de Domingos levou o povo a refletir sobre a fragilidade do viver.
Sinta agora, viva emoções agora, fale que ama e equilibre-se nas correntezas da vida! Que tenhamos mais consciência do quão frágeis somos; que julguemos menos as pessoas e possamos compreender mais quem elas são de verdade. Mais perdão, mais amor e mais compreensão!

Disponível também em minha coluna UOL: 
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher.htm
Por: Karina Simões Moura de Moura 

@karinamourademoura

Photo
Inveja: você sente?

Falar em inveja parece assustar as pessoas e também gerar um receio no posicionamento de assumir senti-la ou não. Segundo o dicionário Aurélio, a inveja é um desgosto provocado pela felicidade ou prosperidade alheia. Ou também um desejo irrefreável de possuir ou gozar o que é de outrem. Inveja vem do latim invidia que tem relação com a ideia de “ver” (em latim: videre). Já o prefixo in faz menção ao ato invejoso daquele indivíduo que lança um olhar de recusa e ódio aos bens e feitos alheios.

O filósofo Kierkegaard afirma que a inveja é uma admiração que se dissimula, e como sentimento dissimulado deve ser bem destrutivo senti-lo. No entanto, a grande questão da humanidade, no que diz respeito à inveja, é que as pessoas não se reconhecem invejosas. Até porque, como o próprio significado e conceito mostram, é triste e condenável senti-lo. Tomás de Aquino dizia que "a inveja é a tristeza pela felicidade dos outros, exultação pela sua adversidade e aflição pela sua prosperidade". A inveja é de fato um dos grandes males da humanidade.

Entender o sentimento da inveja é importantíssimo para o autoconhecimento, tendo em vista que é uma incapacidade de reconhecer uma falha própria, a dificuldade de aceitar o fracasso, bem como de alegrar-se com a alegria do outro. O que se configura, portanto, como um sentimento muito nefasto e sério. Pois, se alguém não se exulta diante do sucesso e conquistas do outro, isso implica questões internas não resolvidas. Segundo o historiador Leandro Karnal, sentimos inveja de quem está próximo de nós, ou seja, o famoso jargão "a grama do vizinho é mais verde que a minha?!".

Napoleão Bonaparte, líder político, afirmava que “a inveja é um atestado de inferioridade”. É possível se aperceber que o sentimento destrutivo é subjacente à inveja, sendo, portanto, a conquista do outro uma tristeza marcante para o invejoso. Isso denota frustração e ausência de crescimento interior a fim de poder visualizar tanto as próprias virtudes como as belezas e o sucesso inerentes à vida do outro ser.

Vemos, então, que a inveja já foi muito citada por ilustres pensadores, além de ser um dos sete pecados capitais. Mas, um dos escritos de Caio Fernando Abreu revela algo que nos acalenta: “Não choro minhas perdas, nem temo a inveja e o olho gordo que me rodeiam. Sou de Deus, quem não é que se cuide!”.  

 

Por: Karina Simões Moura de Moura @karinamourademoura

Photo
Felicidade silenciosa

No silêncio de cada coração vive a verdade de cada um. Embora ela tente, não consegue esconder-se por muito tempo. O corpo não guarda segredos e nem consegue disfarçar a emoção.
É curioso perceber que aquilo que se pretende exibir é, por vezes, o que não se é, e o que não se vive. Nunca esteve tão em evidência o "exibicionismo".
Não posso criticar condutas que servem para sustentar uma dor. Afinal, por que se contrariar com a ideia de que se é feliz mesmo sem ser? Não queremos perder a ocasião de postar um lugar bonito, uma comida gostosa, um selfie que diga para o mundo: estou tendo a oportunidade de sorrir! Se isso é verdade ou não, fica para cada um; aliás, enquanto se posta e se acompanha as curtições, é possível "estar feliz" com isso.
A felicidade dos outros, muitas vezes, gera revolta. Isso se dá, talvez, pela confrontação da vida do outro com a de quem a vê nas redes sociais. A verdade é que a felicidade alheia incomoda sim e gera inveja.
É sabido que a autoimagem é fruto de um olhar próprio que considera também o julgamento do outro. Ou seja, somos o modo como nos vemos com a conjugação do olhar dos outros.
Se isso é verdade, que se angariem mil aprovações, porque a partir do que se propaga cria-se um estado mental positivo de si, pouco importando se antes a felicidade existia ou não.
O fato é que quem sabe ser feliz não deve nada a ninguém. Não é verdade?
Mas façamos de nossa felicidade uma prática verdadeira, e por que não silenciosa?!

Por: Karina Simões Moura de Moura

Disponível também em minha coluna UOL : http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher.htm

Agendar Consulta Fale conosco agora