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A sinceridade tem duas facetas

Atualmente, fala-se muito nas redes sociais sobre a sinceridade. Chuva de posts borbulha nas mídias em tempos de crise política nacional. A questão é que se a sinceridade for ministrada em dose única, ela poderá não ter o efeito colateral desejado; porém, se for empregada em megadoses, seus efeitos são devastadores causando uma série de transtornos, muitas vezes, tanto para quem expressa quanto para o interlocutor. Em tudo na vida, o bom senso deve ser a terapêutica utilizada. Deve-se considerar uma série de fatores a serem utilizados quando se deseja fazer uso da sinceridade de forma mais massiva. Toda cautela deve ser empregada quando do uso da sinceridade. Essa deve ser revestida de elementos variados de habilidades sociais que incluem: observar o local de exposição dessa “verdade”; a hora; quem está ao redor; averiguar se a outra pessoa está num momento psicológico favorável para ouvir e aceitar aquela declaração, o tom de voz, a escolha das palavras adequadas, etc. Tudo isso se faz necessário ponderar a fim de que a relação interpessoal não venha a sofrer descontinuidade, mas sim que essa revelação venha contribuir para que a amizade seja pautada em laço de afetividade e que, portanto, o clima de confiança se instale ou mesmo se alargue. Aí entra o clichê: quem gosta ou está preparado para ouvir a verdade? 
Sim: pois a sinceridade parece ser irmã gêmea da verdade. Nesse processo de ponderação entre a ocultação de uma realidade que urge não ser dita e a revelação súbita sem qualquer avaliação esmerada de todo o contexto que a permeia, a verdade grita pela necessidade de se fazer refletir e analisar cuidadosamente antes de aquela fala ser expressa. Pois, como diz o provérbio chinês: “Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”. Em qualquer dessas três, os efeitos deletérios são incomensuráveis. Por essa razão, ficamos com a verdade do filósofo Confúcio: “Não sei como pode ser bom um homem a quem falta sinceridade”.

Por: Karina Simões Moura de Moura

Texto disponível também em minha coluna UOL/Mulher.

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Trabalho ou família: trabalhar mais ou menos?

Há um velho jargão que diz: a vida é feita de escolhas. Sorte é um nome dado para se justificar o acontecimento desprezando o suor e a habilidade de estar e comportar-se de maneira certa, na hora certa e no lugar certo. Ou seja, negam-se o talento e o esforço, e atribui-se aos bons ventos o êxito existente.
Assisti novamente ao filme O Diabo Veste Prada e sempre volto a refletir sobre o que diz a personagem Miranda Priestly: "na vida ou se faz sucesso no trabalho ou na família”.
Com um mercado cada vez mais competitivo que exige mais dedicação e empenho, sobressair no ambiente profissional exige renúncias. Não é à toa que se veem grandes empresários, médicos, psicólogos, gestores com uma carga horária de trabalho que ultrapassa o aceitável, mas ninguém pode negar que este é o preço dos que se destacam no ranking dos excepcionais.
Já ministrei palestras para grupos de esposas e esposos cujos cônjuges se  sobressaem na área de saúde e no grupo foi percebida a dor dos familiares pela ausência de seu ente no lar. Era facilmente percebível a inconformação com o familiar, embora a admiração pelo profissional permanecesse intacta.
Não há um modelo exato para se dizer o que está e o que não está certo, e se essa decisão é comum ou individual por estar no campo pessoal da vocação. O fato é que casais se conflitam com frequência acerca deste tema.
Ser um profissional mediano que assista a sua família ou ser um profissional excepcional que reserve pouco tempo à convivência com o cônjuge e filhos não é escolha das mais fáceis.
Cada cabeça é um mundo e no mundo particular de cada pessoa, o que vale é a felicidade.
O bom é que o cônjuge e os filhos vivam a cumplicidade de sonhos, e que essa dinâmica profissional até possa ser um sinal para a adequação de excessos ou comodismos a fim de que tudo se ajuste com harmonia... e que toda escolha, entre o mais e o menos, seja motivo de felicidade. Simples assim!

Por: Karina Simões Moura de Moura
Texto disponível em minha coluna UOL: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/mulher.htm

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Qual a diferença que se pode considerar?

Não são as desigualdades que nos tornam especiais. Ter a mais ou ter a menos tem a ver com a percepção de cada um. O tema do que é normal ou anormal é profundamente discutido em centros acadêmicos. Uns dizem que normal é o que está presente na maioria e anormal na minoria. Outros dizem que a anormalidade está relacionada com o tempo, uma vez que o que antes era anormal hoje não mais o é. Há ainda os que definem a anormalidade sob o aspecto cultural, pois o que é reprovável ou negativo para um povo não é para o outro. Tudo não passa de perspectivas que se valem de lentes diferentes. Para os poetas, é normal ter a sensibilidade do olhar que enxerga a alma muito além das aparências. E na cegueira normal de muitas pessoas que pensam tudo ver de forma diferente está a trava do preconceito, o qual se fundamenta na visão distorcida de verdades morais.

Quero a cegueira do deficiente que não vê as diferenças preconceituosas. Quero a velhice dos vencidos pelo tempo que não torna impura a diferença de idades. Quero a compreensão ilimitada de quem não legitima as diferenças por circunscrição geográfica. Quero o daltonismo de quem não vê a diferença preconceituosa de cor. Quero a imperfeição dos imperfeitos para poder ser menos imperfeito do que sou.

Karina Simões (Psicóloga Clínica)
Fabiano Moura de Moura (Psicólogo Clínico)

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A mulher e a fé

Coração de mulher é um santuário onde habita, decisivamente, a sua fé. Não é coincidência perceber atitudes heroicas relatadas em textos sagrados ou narrativas jornalísticas em que a figura feminina age e reage com força sobrenatural aos desafios da vida.

As mulheres são capazes de arrebatar um filho da boca de um jacaré prestes a devorá-lo e manter-se de pé ao ver seu filho crucificado. Somente a fé pode justificar tamanha força e coragem. Será coincidência perceber em tempos cristãos a marcante participação das mulheres em comparação à dos homens? Mas, afinal, que força é essa que habita o coração da mulher?

De joelhos ao chão, uma mãe provoca reações inimagináveis de Deus. Com o coração no alto, uma mulher surpreende a capacidade humana.

O profundo mistério que sonda a sua fé revela um grande segredo: uma mulher é antes de tudo a sua própria fé. As bênçãos maternas escudam e protegem os filhos daquela que crê. As orações conjugais dão-lhe o discernimento e a sabedoria para a construção de sua felicidade compartilhada. Independentemente do credo religioso, a fé constitui e define um jeito delicado de proteção e conquista. Talvez, por isso, pode-sever em redes sociais a mulher falando tanto de sua fé.

Deus é amor, e a mulher é a prova de que ele existe!!! Eu creio!!!

Por: Karina Simões  - Psicóloga Clínica

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Hábitos de casais felizes

Mesmo não existindo fórmulas para a felicidade conjugal, é possível perceber hábitos que estão presentes em casais que se mostram satisfeitos e felizes com seus casamentos, de acordo com o que observamos em nossos consultórios de psicologia. Seguem algumas dicas:

1. Ter afinidades: o que faz um casal feliz é o que existe de sintonia entre eles. Contudo, é preciso preservar a individualidade de cada um.

2. Encontrar e estabelecer pontos de encontros entre o casal: a rotina é fundamental, embora se faça necessário que ela seja surpreendida, vez por outra, por novidades. Faça da sua rotina sua aliada na conjugalidade.

3. Eles não se tomam por "garantidos": uma coisa é saber que a pessoa amada estará ao seu lado nos bons e nos maus momentos, outra é deixar que o encanto e o romance desapareçam só porque os dois passaram a se considerar "garantidos". Deve ser uma eterna conquista, um desafio viver a dois!

4. Trocar olhares de encantos: a admiração é fundamental para que o amor seja sempre renovado. Procurar virtudes e qualidades na pessoa amada e exaltá-las individualmente e em público é imprescindível.

5. Conversar sobre o relacionamento: nunca falar fazendo com que o outro se sinta cobrado. Mas, procurar dizer do seu próprio sentimento de dor ou entristecimento. Fuja da reclamação em tom de acusação, e fale mais em como se sente.

6. Coloquem humor no amor: sorrir e fazer o outro sorrir são o ingrediente dos mais importantes numa relação. Um casal triste é um triste casal. Sorrir torna a relação leve. Pois a alegria é um santo remédio.

A dinâmica estabelecida pelo casal terá sempre o propósito de felicidade, mas o acerto para se fazer o que deve passa pela compreensão de que amar será sempre um desafio possível, mas é amando-se que damos o primeiro passo.

 

Por:
Fabiano Moura de Moura - psicólogo
Karina Simões - psicóloga

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